JOSÉ DE PAIVA NETTO
Jornalista, radialista e escritor
Paulo Apóstolo, em sua Epístola aos Romanos, 8:38 e 39, com grande eloquência, nos revela que “nada nos poderá separar do Amor de Deus”; portanto, da Essência do Criador, que é a Sua verdadeira e única Face a se manifestar em todos os Universos, porquanto o deus humano, com seus inúmeros defeitos, em nada O representa, pois inexiste:
38 Porque estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir,
39 nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do Amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor!
E o Amor Fraterno é um dos mais potentes dispositivos da Justiça Celeste.
Que possamos, portanto, enfrentar os nossos desafios diários com a força do Amor do Divino Mestre. Iluminemo-nos com a Oração Ecumênica que Jesus nos deixou, o Pai-Nosso. Orar é viver a Lei de Deus a todo momento, porque fala ao coração, e este é a porta de Deus em nós.
Qualquer pessoa, até mesmo um Irmão ateu (por que não?!), pode proferir o Pai-Nosso, sem que se sinta constrangida. Ele não se encontra restrito a crença alguma, por ser uma súplica universal, consoante o abrangente espírito de Caridade do Cristo Ecumênico, o Excelso Estadista.
Deus não é o falibilíssimo Júpiter
Todos nós necessitamos, durante a vida, de instantes que sejam de elevação espiritual, filosófica, moral, religiosa, política, artística, esportiva, mental, como o quiserem… e muitos bons frutos serão alcançados. E aqui está a excelente oportunidade. Não somos todos filhos de Deus?! O terrível mal ainda deste mundo é o de que muitos confundem o Criador com Júpiter, figura imaginária que tinha mil defeitos, ou com outros deuses, que carregavam milhões de falhas. Temos de livrar a nossa mente e o nosso Espírito dessa ideia preconcebida do deus antropomórfico. Deus não tem nada a ver com Júpiter. Este é criação do ser humano e espelha as suas imperfeições. É só pensar que, antes de tudo, somos seres espirituais, e que nos podemos tornar Almas benditas ou Espíritos luminosos, diante de Deus, pelos nossos melhores frutos, pois o Cristo reitera, no Apocalipse, 20:13, a Lei das Obras:
— (…) E foram julgados, um por um, segundo as suas obras.
A oração — ou, se preferirem, a reza — é o filho que se dirige ao Alto quando crê na existência do Pai-Mãe Celestial ou é o indivíduo a dialogar com a sua elevada condição de criatura vivente. O Pai-Nosso é a Prece Ecumênica por excelência.
Vamos, portanto, falar com Deus, entoando a Oração de Nosso Senhor Jesus Cristo, que se encontra no Seu Evangelho, segundo Mateus, 6:9 a 13:
A Oração Ecumênica de Jesus
Pai Nosso, que estais no Céu [e em toda parte ao mesmo tempo], santificado seja o Vosso Nome.
Venha a nós o Vosso Reino [de Justiça e de Verdade].
Seja feita a Vossa Vontade [e humildemente dizemos: jamais a nossa vontade, porque ainda estamos aprendendo a tê-la com toda a correção], assim na Terra como no Céu.
O pão nosso de cada dia dai-nos hoje [o pão transubstancial, que está além da matéria, a comida que não perece, o alimento para o Espírito, porque o pão para o corpo, iremos consegui-lo com o suor do nosso rosto].
Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoarmos aos nossos ofensores.
E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal, porque Vosso é o Reino, e o Poder, e a Glória para sempre.
Amém!
Firmados no Conhecimento Divino, temos plena convicção de que tudo melhorará para todos nós.
Aprendemos nessa maravilhosa oração de Jesus que podemos ter certeza de que seremos vitoriosos, se estivermos em nome de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, sempre dispostos a trabalhar pelos semelhantes.
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