Obra de um dos letristas do Clube da Esquina será destaque no Psiu Poético 2023 - Rede Gazeta de Comunicação

PUBLICIDADE

Obra de um dos letristas do Clube da Esquina será destaque no Psiu Poético 2023

Integrante de um dos maiores movimentos musicais do país, o Clube da Esquina, Murilo Antunes está entre os participantes da 37ª edição do Psiu Poético, em Montes Claros. O letrista irá participar no dia 11 de Outubro, do Cine Poesia, com o documentário “Como se a vida fosse música”, que conta a trajetória do artista.

Natural de Pedra Azul, Murilo Antunes é um dos poucos letristas do Clube da Esquina. Ao lado de Fernando Brant e Ronaldo Bastos, ele verbalizou músicas de ícones como Beto Guedes, Milton Nascimento, Lô Borges e outros, no grupo de amigos que conquistou o Brasil e o mundo na década de 1970.

A relação de Murilo com Montes Claros é antiga, já que residiu na cidade por 10 anos. Ainda adolescente, conheceu em Montes Claros o jovem Beto Guedes, de quem se tornaria companheiro inseparável. “Boa parte da minha adolescência eu passei em Montes Claros. Joguei bola no Ateneu e no Cassimiro. Eu costumo dizer que foi nessa cidade que eu conheci a democracia. Foi em Montes Claros que eu conheci a marujada e todas as classes sociais. Foi nessa cidade que eu ouvi as vozes das pessoas mais simples, do povo. Com 12 anos eu conheci Beto Guedes, que tinha um grupo chamado ‘Os Brucutus’, que tocava músicas dos Beatles. Ali nascia a relação do Clube da Esquina com Montes Claros”, destaca.

Compositor de clássicos como “Besame”, “Nascente”, “Tesouro da Juventude”, dentre outros, Murilo faz questão de destacar o papel de Montes Claros na construção de sua obra. “A coisa foi crescendo, o Beto Guedes cresceu e integrou o Clube da esquina. É impressionante como Montes Claros aceita a música que nós fazemos e bate palmas pra ela. É muito importante para nós ter essa cidade como inspiração”, completa.

Esta será a quarta participação do letrista no festival Psiu Poético. O músico faz questão de destacar a relevância do festival para a arte do país. “O Psiu Poético talvez seja o evento de poesia mais duradouro do Brasil. É uma obstinação do Aroldo Pereira, que dá a sua vida para que a poesia não morra. Com tantas participações, pode-se dizer que o festival tem ligação com minhas composições e, por consequência, com o Clube da Esquina”, explica.

Quanto ao documentário que será exibido, Murilo Antunes explica que é um grande resumo do trabalho de uma vida inteira. A projeção do filme com a discussão da obra já foi realizada em cidades como Uberaba e Uberlândia. “Ele faz um apanhado sobre o meu trabalho e a música do Clube da Esquina. Ele tem a participação dos meus parceiros Beto Guedes, Milton Nascimento, João Bosco, Mônica Salmaso, entre outros. O meu filho João Antunes faz a direção musical, junto com Flávio Henrique. Será um privilégio levar para Montes Claros esta obra”, conclui.

O documentário “Como se a vida fosse música” será exibido dentro da programação do 37º Psiu Poético na quarta-feira, 11 de outubro, no Museu Regional do Norte de Minas (Unimontes). A projeção é gratuita, assim como todo o festival, e terá início às 19 horas.