O que fazer quando os valores estão adormecidos (parte 2) - Rede Gazeta de Comunicação
O que fazer quando os valores estão adormecidos (parte 2)

KARIN PANES

Treinadora comportamental, Master Coach especialista em Psicologia Positiva, Neurocientista

O valor é a única coisa que separa as pessoas, que segrega. Pedir demissão de uma empresa, divórcio por não estar feliz ou não se relacionar bem com os pais. Todos esses eventos podem ser uma questão de conflito de valor. Quanto mais você se desconecta dos seus valores, mais você fica à mercê desses conflitos.

No trabalho, por exemplo, você se sente mal, fala que não gosta do chefe, ou do modo de gestão da empresa, apenas porque seu valor não bate com o da empresa. Se você prioriza a estabilidade e a empresa o crescimento, existe um conflito de valor que em algum momento poderá vir a tona, gerando um descontentamento.

Ou ainda, vamos supor que sua empresa visa o crescimento e o risco, mas você percebeu que valoriza a estabilidade e a segurança, que nunca quis mudar de casa, de carro, não gosta de mudanças radicais, ou seja, seus valores simplesmente não estão conectados com os dessa empresa.

O autoconhecimento é o caminho para entender quais são os seus principais valores. Quanto mais você age de acordo com os seus princípios, mais vive feliz e sua autoestima aumenta. Supondo que eu preze o respeito, o amor e a paz e busco por meio de veículos como família, trabalho e casamento viver esses valores, automaticamente minha autoestima vai se elevar.

Mas como descobrir o seu valor? É um exercício de olhar para dentro de si e pensar o que é importante para você. Quais são os sentimentos que o trabalho, a família, o relacionamento, dinheiro, as relações humanas despertam em você? Vale lembrar que valores são estados emocionais, sentimentos, por isso dizemos que família é um veículo e não um valor.

Outro alerta é que podemos confundir o valor do outro com o nosso. Isso significa que quando não conheço meus valores, posso achar que o valor do meu pai ou do meu marido é o mesmo que o meu e vivo em função disso. Mas isso não é bom. Descubra e viva os seus valores. A regra para viver o seu valor deve estar em você e não no outro. Eu vivo o respeito quando eu me respeito. Vivo o amor quando eu me amo. Não posso esperar ser amada quando a outra pessoa estiver disponível para me amar para então viver o meu valor.

Por fim, não podemos continuar mais vivendo nas sombras dos nossos valores. Vamos acordar desse sono profundo, dessa vida no automático, vamos resgatar o que de fato valorizamos, levando ao mundo mais harmonia e mais felicidade.

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.

%d blogueiros gostam disto: