ITALI COLLINI
Economista, Investidora Anjo e diretora da Potência Ventures
O mundo continua enfrentando a crise pós covid, visto que segundo projeções apontadas pelo Relatório da ONU, o crescimento do PIB irá desacelerar, caindo de 3,1% para 1,6% em 2024.
Por outro lado, previsões do livro “Cenário Macroeconômico Global e Brasil 2024” para este ano na economia brasileira são positivas, com expectativa de crescimento de 2,2%, impulsionado por investimentos, geração de emprego e queda da taxa de desemprego.
No geral, as tendências macroeconômicas podem ter um impacto significativo no investimento de capital de risco, influenciando tanto o nível de atividade quanto os tipos de startups que recebem financiamento.
Quando a economia está crescendo e há ampla liquidez no mercado, a atividade de capital de risco tende a aumentar. Isso ocorre porque os investidores estão mais dispostos a assumir riscos e investir em startups de alto potencial e alto crescimento em setores mais relacionados ao consumo, como bens de consumo.
Por outro lado, durante uma recessão, a atividade de capital de risco tende a diminuir, pois os investidores se tornam mais avessos ao risco e procuram investimentos mais seguros e com característica anticíclica, como saúde e educação.
Esses setores mais essenciais são também foco de atenção para os investidores de impacto social, pois concentram hiatos de desigualdade que tendem a aumentar, como foi o caso da educação básica no Brasil durante a pandemia.
Enxergo esse momento atual como uma oportunidade incrível para olhar o investimento de impacto como alavanca de três coisas: retorno ao investidor, crescimento econômico e progresso social.
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