A vereadora, Maria Helena Lopes (MDB) disse que o mal do século é, sem dúvida nenhuma, o uso indiscriminado de drogas ilícitas, mas que a sociedade tem fechado os olhos para o consumo de álcool, que, na sua visão, é a porta de entrada para todos os outros vícios, principalmente entre os jovens para as drogas ilícitas.
A parlamentar disse que o consumo de álcool entre os jovens e crianças aumentou de forma gritante durante a pandemia e que nem mesmo a fiscalização dos órgãos competentes sobre a venda e consumo de bebida alcoólica por menores é feita com seriedade e a regularidade que a assunto pede. A vereadora lembrou que pelo menos 10% da população brasileira é dependente de bebidas alcoólicas e, na juventude, o consumo é assustador, de acordo com a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), que levantou o problema durante a audiência da Comissão de Seguridade Social e Família sobre álcool e juventude.
O levantamento da Universidade de São Paulo realizado por dez anos mostrou que os jovens de 13 a 22 anos são os que mais procuraram atendimento por problemas agudos causados por ingestão de álcool. “A nossa sociedade não pode continuar sendo hipócrita. Muitos lares ainda acham chique manter um barzinho nas salas das casas, e a criança cresce vendo que beber – ainda que socialmente – é bonito e, quando percebe, está bebendo com os amigos e se tornando os futuros alcoólatras e viciados em outras drogas ilícitas e proibidas”.
“É preciso que a sociedade entenda que o álcool é uma droga nociva e responsável por desagregação de lares”. Disse ainda a parlamentar que é necessário chamar toda sociedade para uma ampla discussão sobre os perigos do consumo de bebida alcoólica, já que, segundo ela, existe uma preocupação com o dependente químico, mas isso é por etapas, e é “preciso cuidar da criança hoje, para que não tenhamos viciados amanhã, muito menos lares desfeitos”, finalizou.
VALDEMAR SOARES
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