Norte de Minas terá dois parques multissensoriais viabilizados pela SES-MG - Rede Gazeta de Comunicação

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Norte de Minas terá dois parques multissensoriais viabilizados pela SES-MG

O Norte de Minas vai ganhar dois parques multissensoriais destinados a explorar os sentidos e diversas experiências para a reabilitação da pessoa com deficiência, em especial intelectual e do Transtorno do Espectro Autista (TEA). A iniciativa de implantação do projeto é da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), que está disponibilizando R$ 9,3 milhões para investimentos em todas as regiões do estado.

A Deliberação 4.442, da Comissão Intergestores Bipartite do Sistema Único de Saúde (CIB-SUS), e a Resolução 9.124, publicadas pela SES-MG no dia 20 de novembro de 2023, definem que cada Centro Especializado em Reabilitação (CER) receberá R$ 300 mil para a compra de equipamentos para a instalação dos parques multissensoriais. O recurso será repassado em parcela única aos fundos municipais de saúde e as instituições gestoras dos CER terão prazo de 24 meses para a execução do projeto.

Na área de atuação da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros está sendo contemplado o Centro Especializado em Reabilitação de Janaúba. A unidade é administrada pela Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).

Também está incluído no projeto o CER de Januária, que também é administrado pela Apae. Nesse caso, o Centro Especializado em Reabilitação está sediado na área de jurisdição da Gerência Regional de Saúde (GRS) de Januária.

O coordenador de atenção à saúde da SRS Montes Claros, João Alves Pereira, explica que “na hipótese da existência de parque multissensorial no CER contemplado pela Resolução 9.124, mediante comprovação via ofício e fotos a serem enviados à SES-MG, os valores destinados à instituição poderão ser utilizados para aquisição de outros equipamentos ou materiais permanentes que se enquadrem na mesma tipologia”.

O parque multissensorial deverá apresentar diferentes equipamentos de estimulação que deverão, obrigatoriamente, ser integrados e coordenados por um software. O espaço onde o parque for instalado deverá ter metragem mínima de 20 metros quadrados. Vinte por cento do recurso destinado aos Centros Especializados em Reabilitação poderá ser utilizado para ajustes no ambiente onde o parque será instalado.

Entre outros equipamentos, a Resolução prevê que o recurso poderá ser utilizado na compra de software para integração do parque multissensorial; projetor HDMI; soundbar; cascata de fibra ótica; piscina de bolas transparentes com efeitos luminosos; coluna de bolhas; piano humano comandado por software; simulador de chuva artificial; iluminação perimetral com sistema wi-fi; tablet; colchonete de espuma; kit refletores; parede de escalada infantil; simulador de vento decorativo; projetor de estrelas e máquina de bolhas de sabão.

A superintendente regional de saúde de Montes Claros, Dhyeime Thauanne Pereira Marques, avalia que “a iniciativa da SES-MG de viabilizar a implantação dos parques multissensoriais amplia os serviços disponibilizados à população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) e reforça o trabalho executado pelos Centros Especializados em Reabilitação, possibilitando novas alternativas para o atendimento de demandas e tratamento das pessoas com deficiência intelectual ou com transtorno do espectro autista”. 

Terapias

Os parques multissensoriais integram e otimizam as terapias em um só lugar, estimulando e favorecendo o desenvolvimento da audição, visão e do tato, paladar, equilíbrio e movimento. Eles possibilitam aos profissionais de diferentes áreas trabalhar a autonomia e a independência das pessoas com deficiência e, principalmente, aquelas com transtornos sensoriais.

As terapias podem ser individuais ou em grupo, dependendo das necessidades e do perfil dos usuários dos Centros Especializados em Reabilitação. Os parques também podem desenvolver e potencializar a sociabilidade de deficientes que apresentam déficits na comunicação e na interação social. (PEDRO RICARDO)