Secretaria de Saúde ira realizar força tarefa contra o Aedes aegypti
O Norte de Minas registrou duas mortes em consequência de complicações da dengue, sendo um caso em Espinosa e outro em Rubelita, que vitimou o prefeito Otávio Miranda, enterrado na manhã de ontem (23), em Montes Claros. Por isso, teve início um novo ciclo de utilização de equipamentos de Ultra Baixo Volume Veicular (UBV) para a eliminação de mosquitos adultos do Aedes aegypti em Espinosa. Trabalho semelhante foi realizado na segunda quinzena de janeiro, mas o município ainda apresenta alto índice de infestação do mosquito transmissor da dengue, febre chikungunya, zika vírus e da febre amarela. As ações continuam até o final desta semana.
Francisco Sá é outro município que, nesta semana, também receberá ações de apoio da SRS no controle do Aedes aegypti. Além da cessão de veículos, a Superintendência Regional de Saúde repassa orientações técnicas quanto à utilização dos equipamentos de UBV, bem como o aerosystem, para eliminação de focos do Aedes no interior de domicílios.
Análises de laboratório dão conta de que, até o momento, foram confirmados 299 casos de dengue em 30 municípios que integram a área de atuação da SRS de Montes Claros. Os municípios com maior incidência da doença são: Janaúba (121); Riacho dos Machados (66); Espinosa (51) e Montes Claros (33). Também por meio de exames laboratoriais, até o momento foram confirmados 82 casos de febre chikungunya em 18 municípios jurisdicionados à Superintendência Regional de Saúde. As localidades com maior número de casos confirmados são: Montes Claros (43) e Francisco Sá (31).
Neste ano, a Superintendência Regional de Saúde já desenvolveu várias ações de apoio a municípios que integram a sua área de atuação para o enfrentamento ao Aedes aegypti. Para a Secretaria de Saúde de Montes Claros foi disponibilizado veículo equipado com equipamento de UBV para a eliminação de mosquitos adultos em bairros onde estão sendo registrados altos índices de infestação do mosquito. Por outro lado, os municípios de Espinosa, Francisco Sá, Salinas, Rio Pardo de Minas e Pai Pedro receberam equipes técnicas da Superintendência Regional de Saúde para a realização de forças tarefas de combate ao Aedes aegypti.
“A utilização de equipamentos de UBV constitui a última medida que deve ser adotada para a eliminação do Aedes aegypti. Como recentemente tivemos bom período de chuvas na região, é necessário que os serviços de vigilância epidemiológica e de saúde dos municípios intensifiquem as ações de eliminação dos focos de proliferação do Aedes aegypti, com a realização de mutirões para o recolhimento de pneus e outros materiais que servem para o acúmulo de água e, consequentemente, favorecem a proliferação de mosquitos”, reforça o coordenador de vigilância epidemiológica da Superintendência Regional de Saúde, Valdemar Rodrigues dos Anjos.
Por outro lado, a coordenadora de vigilância em saúde da SRS, Agna Soares da Silva Menezes destaca a necessidade dos municípios colocarem em prática os planos de contingência elaborados no segundo semestre do ano passado para o controle do Aedes aegypti.
“Assim como aconteceu nos anos de 2010, 2013, 2016 e 2019 a previsão era de que em 2022 teríamos novo período sazonal de aumento dos casos notificados de arboviroses. Nesse contexto, no segundo semestre do ano passado os municípios foram orientados para reforçar os serviços de atenção primária à saúde para atender as demandas da população, fazer os encaminhamentos necessários para os tratamentos adequados, além de notificar os casos o mais rápido possível”, lembra a coordenadora.
Até o dia 15 de março deste ano, Minas Gerais registrou 10. 322 casos prováveis de dengue. Desse total, 3.885 casos foram confirmados para a doença. Um óbito foi confirmado e outros seis óbitos estão sendo investigados. Em relação à febre chikungunya, foram registrados 626 casos prováveis da doença, dos quais 84 foram confirmados. Até então, não há nenhum caso de óbito confirmado ou sendo investigado. Quanto ao vírus zika, foram registrados 16 casos prováveis, sendo um confirmado para a doença. Até o momento também não há óbitos por zika em Minas Gerais.
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