GIRLENO ALENCAR
O Norte de Minas está na expectativa do relatório do Governo sobre a quantidade de agências do Banco do Brasil que deverão ser fechadas no novo pacote anunciado na segunda-feira. A coordenadora regional da Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, Rose Durães explica que ainda não foi divulgado o número, mas a nível nacional o assunto está sendo articulado com a direção nacional, assim como no Norte de Minas com a superintendência regional. Em novembro de 2016, o Banco do Brasil fechou a agência da rua Camilo Prates em Montes Claros e transformou a agência de São Romão e a da avenida Donato Quintino em Montes Claros em posto de atendimento.
Na segunda-feira, a direção do Banco do Brasil anunciou que serão desativadas 361 unidades, sendo 112 agências, sete escritórios e 242 postos de atendimento. O comunicado informa também sobre uma reestruturação dos quadros e desligamento de pessoal. A Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (ANABB) cobrou revisão das medidas anunciadas, que prevê a demissão de 5 mil funcionários. Em carta encaminhada na segunda ao presidente do BB, André Guilherme Brandão, a ANABB diz que as medidas transmitem uma percepção de “cortina de fumaça” para encobrir intenções privatistas em torno do BB. Para a entidade, o esvaziamento do BB e o enfraquecimento de sua atuação em áreas chave de negócios comprometem sua solidez e seu papel de banco público.
Para a ANABB, em meio à maior crise econômica do país, as medidas anunciadas prejudicam diretamente os recursos humanos do BB e sobrecarregam a rede de funcionários.
“A atuação em plataformas digitais é estratégica, mas não pode ser realizada com prejuízos para a rede física e para o atendimento presencial, considerando a diversidade de perfis dos mais de 70 milhões de clientes do BB”, diz o presidente da ANABB. “O anúncio pode satisfazer expectativas do mercado de curtíssimo prazo, mas estão na contramão do papel histórico e institucional do Banco do Brasil na economia brasileira, sobretudo em situações de estagnação econômica e de desafios para a retomada do desenvolvimento.”
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