Norte de Minas ganha 78 novos leitos de UTI Adulto; em MG, serão 550 - Rede Gazeta de Comunicação

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Norte de Minas ganha 78 novos leitos de UTI Adulto; em MG, serão 550

GIRLENO ALENCAR

O sistema público de saúde de Minas Gerais ganhou o reforço de 550 novos leitos de UTI adulto e 40 pediátricos, sendo 78 no Norte de Minas. Eles foram criados durante a pandemia e, agora, foram incorporados aos hospitais. Com isso, o estado passou de 2.072 unidades de terapia intensiva para 2.622 em fevereiro deste ano, representando um crescimento de 26%. Já os pediátricos saltaram de 194 para 234, no mesmo período. O aumento do número de leitos, aliado aos investimentos para compra e distribuição de equipamentos em várias unidades de saúde, é o maior legado deixado pela pandemia aos mineiros, conforme análise feita pelo secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, durante coletiva à imprensa na sexta-feira (25/2), em Belo Horizonte.

O secretário afirmou que o momento da pandemia em Minas permite que o estado avance no programa Opera Mais, Minas Gerais, que pretende reduzir e até zerar a fila de pacientes esperando por cirurgias eletivas. A estimativa é que 370 mil pessoas aguardam por procedimentos. “Estamos virando mais uma página com a queda desta nova onda e, com isso, temos um novo momento do sistema público de saúde do estado. Isto significa que outras doenças, como infarto, AVC e infecções terão mais leitos disponíveis. Então, é um grande e importante legado que fica da pandemia. Com mais leitos de UTI e os mais de R$ 200 milhões da nossa política de cirurgia eletiva – Opera Mais, Minas Gerais -, vamos enfrentar este problema e tentar zerar esta fila de cirurgias eletivas em hospitais que estão mais bem equipados. Foram mais de cem tomógrafos distribuídos para vários hospitais do estado”, afirmou Baccheretti.

O Opera Mais, Minas Gerais foi lançado em dezembro do ano passado e vai destinar R$ 206,4 milhões em recursos estaduais para 261 municípios que possuem hospitais que realizam cirurgias eletivas em todo o estado. O objetivo da ação do programa é diminuir a demanda represada por causa da pandemia da Covid-19 e reduzir o tempo de espera para a realização dos procedimentos cirúrgicos. As unidades da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) estão em processo de transformação, com o fortalecimento da rede e as melhorias na saúde pública, que passam por obras e reformas, desde 2020. São R$ 150 milhões em investimentos previstos em intervenções nos próximos anos. O valor se refere às intervenções em infraestrutura em todos os hospitais da Fhemig, que vão ampliar a qualidade e a segurança do atendimento já oferecido aos mineiros nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) em Minas Gerais.

“Com uma rede de assistência à saúde mais robusta, com muitos investimentos do Governo de Minas, vamos agora enfrentar os problemas que se acumularam ainda mais durante estes dois anos de pandemia”, concluiu o secretário de Saúde.

Fábio Baccheretti afirmou que o estado irá estabelecer novos protocolos e outra maneira de categorizar os desdobramentos da Covid-19 no estado. Ele destacou que a nova metodologia está sendo elaborada a partir de dados mais consistentes sobre o atual cenário.

Desde o dia 11 de fevereiro que o governador Romeu Zema e o secretário de Estado Fábio Baccheretti anunciaram essa ação, durante visita ao Hospital Aroldo Tourinho, em Montes Claros. A no Norte de Minas ficou com 78 leitos. Dos 200 milhões para o Norte de Minas, a maior parte do investimento, cerca de R$ 100 milhões, será aplicada no fortalecimento dos cuidados primários. Isso representa o aprimoramento do atendimento de consultas médicas, de enfermagem, odontológicas, vacinas, curativos e saúde da família. Esse atendimento é fundamental para a prevenção de doenças e ajuda a reduzir os casos mais complexos. Em 2021, em todo estado, foram empregados R$ 857 milhões na Atenção Primária à Saúde (APS). Esse é o maior valor já investido na história de Minas e supera os investimentos acumulado dos últimos quatro anos.