Norte de Minas fica livre da proibição de cirurgias eletivas - Rede Gazeta de Comunicação

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Norte de Minas fica livre da proibição de cirurgias eletivas

GIRLENO ALENCAR

O Norte de Minas ficou fora da proibição de cirurgias eletivas para pacientes do Sistema Único de Saude, como foi determinada pelo Estado. Desde sábado que a Secretaria Estadual de Saúde determinou, a suspensão de cirurgias eletivas não essenciais para as redes pública e privada contratada e conveniada com o Sistema Único de Saúde (SUS) nas macrorregionais Centro, Jequitinhonha, Leste do Sul, Noroeste, Triângulo do Norte, Triângulo do Sul e Vale do Aço. A medida não se aplica a paciente cardíaco ou oncológico de maior gravidade, cabendo ao médico especialista atestar que o atraso da cirurgia ou do procedimento cirúrgico poderá aumentar o risco de mortalidade.

“Há algum tempo a secretaria vinha recomendando a suspensão das [cirurgias] eletivas, mas agora entendemos que deveríamos suspender dado o momento da pandemia”, explica o chefe de gabinete da SES-MG, João Pinho. Exceto a macrorregião do Vale do Aço, todas as outras afetadas pela suspensão estão na onda Vermelha do plano Minas Consciente. A determinação é uma ação preventiva da para evitar o esgotamento da rede pública de assistência. A Resolução SES 7.405 foi publicada no Diário Oficial com base no parecer emitido pelo Centro de Operações Emergenciais (Coes) da SES-MG, que avalia o risco de funcionamento das eletivas a partir da análise de quatro eixos: cobertura de medicamentos, capacidade de atendimento, incidência e velocidade do avanço da doença.

Esses indicadores são revistos quinzenalmente e, devido ao caráter dinâmico da pandemia, outros dados podem ser agregados pela SES-MG à análise. O estado tem, ao todo, 4.057 leitos de UTI e a média de ocupação da rede está em 70,80%, até segunda-feira (15/2).  No entanto, esse não é o único indicativo que a SES-MG utiliza para monitorar as margens de risco para a manutenção de cirurgias eletivas. Entre eles estão à disponibilidade de medicamentos fornecidos pelo Ministério da Saúde, o tempo de atendimento a solicitações de internação, as prospecções do número de casos e a ocorrência de surtos. Desde outubro, Minas Gerais vem sofrendo impactos em sua rede de Saúde Pública por causa de uma série de feriados seguidos, festas de fim de ano, pessoas circulando mais, ao mesmo tempo em que foram registrados, simultaneamente, a queda do isolamento e o relaxamento nas medidas de proteção, o que reflete diretamente no crescimento da ocupação de leitos de UTI e enfermaria por conta da pandemia de Covid-19.