GIRLENO ALENCAR
O Norte de Minas imunizou 240.121 cães e gatos na campanha de vacinação antirrábica iniciada em agosto. Com 215.083 cães vacinados, os municípios alcançaram cobertura vacinal de 99,97%. Em 2021, foram vacinados 211.676 cães e 25.038 gatos.
No ano passado foram vacinados 23.175 animais. Anualmente, para a realização da campanha de vacinação antirrábica, a Superintendência Regional de Saúde repassa aos municípios um quantitativo de doses 5% maior em relação ao ano anterior, levando em conta o aumento da população de cães e felinos.
Os municípios que neste ano receberam maior quantidade de vacinas foram: Montes Claros (55 mil doses); Bocaiuva (13.645); Janaúba (12.750); Francisco Sá (11.500); Rio Pardo de Minas (9.125); Porteirinha (8.625); Jaíba (8.500) e Espinosa (7.500).
Ildeni Meireles, referência técnica da Coordenadoria de Vigilância em Saúde da SRS de Montes Claros avalia que “os resultados alcançados neste ano pelos municípios é satisfatório, porém os proprietários de animais que ainda não foram vacinados devem continuar procurando as secretarias municipais de saúde. O aumento das coberturas vacinais reduz a circulação do vírus na região e, consequentemente, a possibilidade de algum animal ser acometido pela doença e repassá-la para as pessoas”, destaca.
A coordenadora de Vigilância em Saúde da SRS, Agna Soares da Silva Menezes explica que a raiva é uma doença infecciosa viral aguda, quase sempre fatal, para a qual a melhor medida de prevenção é a vacinação pré ou pós exposição ao vírus. Quando a profilaxia antirrábica não ocorre e a doença se instala, pode-se utilizar um protocolo de tratamento da raiva humana, baseado na indução de coma profundo, uso de antivirais e outros medicamentos específicos. Entretanto, é importante salientar que nem todos os pacientes de raiva, mesmo submetidos ao protocolo sobrevivem.
“Trata-se de uma doença passível de eliminação no seu ciclo urbano pela vacinação de cães e gatos, além da existência de medidas eficientes de prevenção, como a imunização humana; a disponibilização de soro antirrábico humano e a realização de bloqueios de foco”, observa a coordenadora.
A doença é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura. A doença também pode ser transmitida pela arranhadura ou lambedura desses animais, incluindo morcegos.
O período de incubação é variável entre as espécies, desde dias até anos, com uma média de 45 dias no ser humano, podendo ser mais curto em crianças. Nos cães e gatos a eliminação de vírus pela saliva ocorre de dois a cinco dias antes do aparecimento dos sinais clínicos e persiste durante toda a evolução da doença (período de transmissibilidade). A morte do animal acontece, em média, entre cinco e sete dias após a apresentação dos sintomas.
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