Nanotecnologia é estudada para combater a pirataria de produtos - Rede Gazeta de Comunicação

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Nanotecnologia é estudada para combater a pirataria de produtos

A prática de falsificação de produtos é bem antiga e prejudicial para o comércio. No mundo todo, este crime engloba as mais diferentes mercadorias de vários setores. Segundo dados da Agência Brasil, em 2021, os itens que mais são comercializados são os equipamentos eletrônicos (28,6%), roupas (18,8%) e calçados, bolsas e tênis (17,1%). Já mundialmente, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), aponta que em 2019, as compras associadas a produtos piratas totalizavam 2,5%.

Para diminuir o volume de mercadorias falsas circulando no comércio, é fundamental que haja um aumento nas fiscalizações, além da necessidade de uma reforma tributária, já que os valores dos itens piratas são bem mais baratos do que os produtos originais. Uma medida que está sendo usada para combater esse problema, a nanotecnologia é uma marcação invisível a olho nu, que através de um composto químico é incorporada por toda a área do elemento, e que só pode ser identificada por meio de algum equipamento eletrônico.

O presidente do Fórum Nacional Contra a Pirataria e Ilegalidade – FNCP, Edson Vismona, fala sobre a nanotecnologia que pode ajudar na proteção de marcas e autenticação dos produtos, de maneira barata e eficaz contra a falsificação. “Com a nanotecnologia e esse processo de incorporar o composto químico na massa do produto, chegamos a outro patamar de identificação de autenticidade dos mais distintos objetos. Ela pode ser adicionada em tecidos, ferro, plástico e líquidos, por um baixo custo”, afirma.

De acordo com os dados da FNCP, os prejuízos na arrecadação de impostos do governo afetaram 15 setores de produção no Brasil e somaram 100 bilhões, em 2014. Esse valor aumentou em 2021 e chegou a 300 bilhões no ano passado. O principal motivo da alta comercialização de produtos ilegais se deve ao baixo valor oferecido no mercado. Uma operação feita pela Prefeitura de São Paulo, no mês passado, confiscou bolsas falsificadas vendidas a 200 reais, das marcas Prada e Louis Vuitton. Os produtos legítimos custam entre 15 e 35 mil reais, segundo a operação. A Fecomércio do Rio de Janeiro realizou uma pesquisa a respeito, e apontou que, em 2021, 75% das pessoas que compraram os produtos ilegais, admitiram que o valor mais em conta foi o que motivou a aquisição. (JOYCE ALMEIDA – Sob supervisão de Stênio Aguiar)