Um vídeo que circula nas redes sociais mostra uma mulher tendo o cabelo raspado pelo ex-companheiro em Francisco Sá. A filmagem foi feita por um adolescente, de 17 anos, que acompanhava a ação. A Polícia Militar conseguiu localizar a vítima após ter acesso às imagens.
Segundo a PM, a mulher contou que havia terminado o relacionamento, recentemente, e resolveu se encontrar com o ex, na casa dele, um dia antes do crime. Os dois iniciaram uma discussão e o suspeito furtou o celular dela.
No dia seguinte [terça-feira (5)], o homem entrou em contato com a vítima pelo WhatsApp da mãe dela exigiu que a mulher se deslocasse até a casa dele e fez várias ameaças, caso desobedecesse.
Ainda de acordo com a PM, a vítima foi até a residência, acompanhada da mãe, e ao chegar ao local, foi obrigada a se sentar em uma cadeira e teve o cabelo raspado com um aparelho de corte.
A PM informou que a ação teria sido motivada porque o homem teve acesso a um vídeo que estava no celular da mulher, onde ela aparece fazendo uma brincadeira com um amigo.
A mãe da vítima presenciou os fatos e foi ameaçada caso procurasse a polícia.
Ainda segundo a PM, a ação foi filmada por um adolescente que estava no local e foi compartilhada nas redes sociais pelo próprio autor, utilizando o celular da vítima. Nessa quarta-feira (6/3), a polícia teve acesso a postagens em tom de ameaça publicadas na rede social da vítima, pelo suspeito que continua usando o celular dela.
A PM segue fazendo buscas, mas até publicação desta reportagem, o homem não havia sido localizado. O menor foi encaminhado à delegacia de Polícia Civil e foi liberado.
Segundo a PM, o homem tem passagens por homicídio, tráfico de drogas, receptação, porte ilegal de arma de fogo e vias de fato.
A delegada Jennifer Caroline dos Reis Pereira, informou que a Polícia Civil investiga o caso.
“A função da Polícia Civil nesses casos é instaurar o procedimento investigativo atinente ao caso, apurar a conduta dos envolvidos, responsabilizar os agressores e oferecer toda a proteção que a vítima precisa. […] Enquanto mulher e delegada, quero externalizar o meu compadecimento da situação, estamos no mês da mulher e esse tipo de comportamento, esse tipo de violência doméstica e familiar não pode acontecer”, comentou a delegada.
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