Registrar e divulgar as diversidades de aves e flores presentes em Arinos é o objetivo do projeto de extensão intitulado “Meu cerrado de asas e flores: observação e registro fotográfico no Campus Arinos”. Coordenado pelo professor Francisco Valdevino Bezerra Neto, a iniciativa começou em janeiro de 2021 a partir de um hobbie que o docente passou a exercer despretensiosamente: “Como não pude viajar nas minhas férias em janeiro, procurei alguma coisa para passar o tempo de forma saudável, então comecei a observar e fotografar coisas nas proximidades da minha casa, principalmente pássaros e flores. Depois, ao realizar uma orientação de trabalho no campus Arinos, resolvi levar a câmera e fazer mais uns registros”.
Passado algum tempo, Francisco descobriu que poderia contribuir de forma mais expressiva com suas fotografias, quando o professor Gabriel Müller apresentou-lhe a página de observação de aves chamada WikiAves e sugeriu que ele contribuísse com o site. “Desde então, todo dia eu quero fotografar uma ave nova e sempre tenho tirado um tempinho para ir em busca de novas espécies”, relata. Questionado sobre suas preferidas, o professor-fotógrafo tem dificuldade de escolher: “Sou suspeito para falar, tem sido tudo maravilhoso! Todas as espécies têm seu encanto, mas se destacam, pela beleza, o tucano, o saí-azul, o príncipe e a gralha do campo.
O professor faz questão de ressaltar que, durante os registros fotográficos, segue o código de ética dos observadores de aves, tendo sempre uma conduta adequada ao praticar a observação dos animais, sem interferir na avifauna, e respeitando as leis vigentes no país.
Identificação e registro Além de Francisco Bezerra, o projeto de extensão conta com outros quatro membros, as professoras Ana Amélia dos Santos Cordeiro e Elza Cristiny Carneiro Batista e os alunos Saulo Esdras de Matos Carneiro (bolsista) e Flávio Lucrécio da Silva Borges (voluntário).
A equipe já conseguiu identificar 86 espécies de aves dentro da área do Campus Arinos. A identificação das espécies, segundo o coordenador, é feita individualmente, por colaboradores do WikiAves, conforme a metodologia usada pelo site, e também usando livros voltados para a identificação, como o “Guia de identificação de aves do Sudeste do Brasil”, de autoria de Gabriel Jorge de Menezes Mello. Parte dos registros estão sendo divulgados em duas plataformas: no site WikiAves e no Instagram @passarinheiro_do_urucuia.
Ao final da execução do projeto, no primeiro semestre de 2022, parte desses registros também constará de um catálogo impresso que será produzido pelo grupo e distribuído, gratuitamente, a bibliotecas escolares de Arinos, com prioridade a escolas municipais. Segundo Francisco Bezerra, cerca de 500 alunos serão beneficiados com o acesso ao material. Para a construção do catálogo, o grupo vem montando um banco de dados para seleção das fotos e inserção informações de identificação, como nome comum e científico da ave e local do registro. (GA)
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