GIRLENO ALENCAR
No próximo dia 22, a cidade de Montes Claros receberá mais um grupo de venezuelanos da etnia indígena Warao, que desde o ano passado, em meio à maior pandemia das últimas 10 décadas, mais de 100 venezuelanos, chegaram a Montes Claros, fugindo das dificuldades vividas no país vizinho. Homens, mulheres, idosos e crianças, sem ter pra onde ir, onde morar e nem como se sustentar. O novo grupo vem das cidades de Recife e Vitória da Conquista. Dos 100 primeiros que vieram, 52 ainda estão na cidade e passam por um problema. No dia 22 precisam desocupar a Casa da Juventude, que é vinculada as obras sociais do Padre Henrique Munoz.
Essa será a segunda mudança dos indígenas. Que antes estavam em casa no bairro Major Prates e tiveram que sair do local, por estarem incomodando os vizinhos. Na manhã de ontem (13), os dirigentes da Casa da Juventude explicaram que não estão obrigando os indígenas a saírem do recinto, mas apenas cumprindo uma formalidade, pois até agora quem estava pagando o aluguel é a Arquidiocese de Montes Claros e como desde o dia 23 de abril a Prefeitura assumiu essa despesa, terá que ser realizado novo contrato na imobiliária, com o município.
A Prefeitura de Montes Claros resolveu disponibilizar, através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, cerca de R$ 156 mil para suprir as necessidades básicos dos venezuelanos atualmente alojados na Casa da Juventude São Luiz Gonzaga (Escolinha do Padre Henrique). Os recursos serão utilizados para o pagamento das despesas com moradia, alimentação e produtos de limpeza, até dezembro deste ano. De acordo com o secretário municipal de Desenvolvimento Social, Aurindo Ribeiro, quando o município recebeu informações dando conta de que os refugiados chegariam à cidade, os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) foram mobilizados para que essas pessoas não ficassem desamparadas.
“Os nossos assistentes sociais sempre estiveram por perto, com equipe multidisciplinar oferecendo a estrutura da rede e o sistema de saúde, para que eles não passassem dificuldades. A Prefeitura nunca deixou de estar próxima dessas pessoas”, destaca. Ainda segundo Aurindo, o repasse vai permitir que eles vivam de forma mais digna e com mais qualidade de vida. Ele destacou ainda que o Município está realizando estudos para criar cursos de qualificação profissional para que os venezuelanos possam encontrar trabalhos na cidade.
Compartilhe isso:
- Clique para compartilhar no Twitter(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela)
- Clique para imprimir(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no LinkedIn(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Telegram(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela)