Município está em tratativas avançadas com outras quatro empresas, sendo três no segmento de fármacos
Localizada em um dos principais entroncamentos viários do Brasil, Montes Claros caminha para se tornar um dos maiores polos da indústria farmacêutica do País. Nos próximos cinco anos, a cidade projeta receber aportes de R$ 10 bilhões do setor, o que coloca o Norte de Minas Gerais como protagonista na reindustrialização brasileira pós-pandemia.
De acordo com o presidente da regional Norte da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Adauto Marques, diversas empresas estão migrando para a região, que possui um regime tributário especial para atração de novos negócios. Para o próximo ano, ele acrescenta que a cidade está em tratativas avançadas com outras quatro empresas, sendo três no segmento de fármacos.
Os resultados, segundo Marques, são derivados de um levantamento realizado há vinte anos pela Federação que identificou a vocação de diferentes regiões de Minas Gerais. Para o Norte, a fruticultura, a biotecnologia e a produção de fármacos foram apontados como os mais promissores e a partir disso, foram iniciados os trabalhos com foco na atração de investimentos.
Empresas que estariam migrando para outros estados conseguiram se instalar na região. Com isso, a cidade passou a abrigar marcas como Novo Nordisk, Hipolabor, Cristália e Eurofarma que hoje contam com instalações na região e desfrutam de benefícios tributários e logísticos.
“O polo de indústria farmacêutica já é realidade e para os próximos anos Montes Claros receberá um dos maiores volumes de investimentos do Brasil neste setor. São aportes em construção, equipamentos e pesquisa que prometem levar emprego, renda e desenvolvimento para Minas Gerais”, destaca Adauto Marques.
Por se tratar de um segmento que envolve inovação, Marques considera que as oportunidades se multiplicam em razão da disponibilidade de linhas de créditos mais atrativas. Montes Claros hoje conta com apoio do Banco do Nordeste, do fundo da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), além do BNDES, que também disponiliza recursos para indústria de diversos setores.
Com os novos aportes e a entrada de outras empresas, o presidente da Fiemg na região avalia que nos próximos dois anos, mais de cinco mil pessoas podem ser contratadas. “Contamos com uma rede de prestadores de serviços surpreendente, fábricas construindo fábricas, e estamos qualificando mão de obra para nos tornarmos também um importante polo educacional”, pontua.
Duplicação da BR-251 é principal requisição do setor
Ao analisar a infraestrutura da cidade, Marques ressalta os avanços nos últimos anos em termos de mobilidade para deslocamento de pessoas e produtos. Para 2025, o aeroporto da cidade terá o tamanho duplicado, além da construção um novo pátio de aeronaves e novas áreas de escape.
Com relação às rodovias, a duplicação da BR-251, que liga Montes Claros a Salinas é vista como urgente e necessária. “É importantíssima para salvar vidas e para escoar a produção, facilitando a conexão do Norte de Minas com o Nordeste do Brasil”, afirma Marques.
Para o futuro, o presidente da regional norte da Fiemg considera que o trabalho em conjunto com sensibilidade é o motor para que tudo funcione e o bom relacionamento com os órgãos públicos é fundamental. “O empresário não quer nada a não ser atenção, serem bem recebidos e estamos passando por um momento feliz. O próximo passo é entender que precisamos agilizar essas demandas para dar sequência aos avanços nos investimentos”, finaliza.
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