GIRLENO ALENCAR
O município de Montes Claros está perdendo 44.489 habitantes com o censo 2022, que está sendo realizado pelo IBGE. Com base no censo de 2010, Montes Claros tem 417.478 habitantes, devidamente atualizado, enquanto o resultado preliminar deu 368.998, o que da uma queda de 44.489 pessoas. O vice-prefeito de Montes Claros, Guilherme Guimarães, ficou surpreso com os dados, pois entende que a cidade tem 440 mil moradores. Ele decidiu pedir esclarecimentos ao IBGE. Pois lembra que pelos dados da Copasa, pelo consumo de água, é equivalente a 500 mil pessoas.
O IBGE divulgou o resultado preliminar do censo 2022, levantado até o dia 5 de dezembro e desagradou ainda mais os municípios do Norte de Minas que contestam os dados. Na manhã dessa quarta-feira a Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (AMAMS), realizou reunião de forma remota, em conjunto com o Consórcio Intermunicipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Codenorte) com os prefeitos e assessores municipais para debaterem os dados. O prefeito de Buenópolis e vice-presidente da Amams, Célio Santana, comandou o evento, a pedido do presidente José Nilson Bispo, Nilsinho, prefeito de Padre Carvalho, quando explicou que esteve em Brasília, na reunião com os dirigentes do IBGE, que informou ter recenseado 81% da população; e que no dia 26 os dados serão encaminhados ao Tribunal de Contas da União (TCU), que a partir desses dados define a cota do fundo de participação dos municípios (FPM).
O vice-presidente Célio Santana explica que pelos dados preliminares, Buenópolis está com 9.009 habitantes, sendo que apenas na saúde são 10 mil pessoas atendidas. Com isto, se persistir os dados a cota do município cai de 0.8 para 0.6, representando uma queda mínima de R$ 250 mil por mês e R$ 3 milhões por ano. O prefeito Welson Gonçalves da Silva, de Japonvar, que participou do evento, também discordou dos dados, pois Japonvar teria 7.708 habitantes e, na saúde, são 8.778 pessoas. Ficou definido que a Amams encaminhara ao TCU pedido para não usar esses dados na definição do FPM. Na reunião com os assessores jurídicos, ficou definido que os municípios insatisfeitos com os dados devem reunir dados da educação, saúde e outros indicadores, para se esgotada pela via administrativa, a orientação é que as Prefeituras busquem a via judicial.