GIRLENO ALENCAR
O aumento dos casos de Covid-19 em Montes Claros nos últimos dias, principalmente com os hospitais suspendendo os atendimentos nos seus prontos-socorros por causa da ocupação dos leitos de Covid levou o Comitê Municipal de Covid de Montes Claros a ameaçar estabelecer medidas mais restritivas na cidade, com o fechamento de atividades econômicas. O assunto foi discutido na reunião realizada na manhã de ontem (23). A reunião foi pautada para que todas as instituições prestem apoio às medidas de segurança para que os números e superlotação de leitos não impulsionem medidas mais restritivas e ocasionem na regressão de funcionamento das atividades econômicas.
Dentre os vários posicionamentos o presidente da Associação de Bares e Restaurante (Abrasel), Rodrigo de Paula, apresentou a proposta de uma campanha de conscientização da população em seguir os protocolos de segurança e manter uma postura de resguardo que consiste em não promover aglomerações e manter o funcionamento ordeiro das atividades. “Nas próximas duas semanas é muito importante que evitem festas clandestinas, festas juninas dentre outras festividades do mês de junho e julho. Com a compreensão e colaboração das instituições e população venceremos este momento difícil para a saúde da população e a equidade do setor econômico da cidade e toda a região”, disse.
Um das maiores polêmicas surgiu quando o representante da Associação Mineira de Eventos, Fernando Nobre questionou o comitê por qual motivo as casas de eventos não estavam sendo autorizadas a funcionar dentro das regras do programa Minas Consciente, nos mesmos moldes dos bares e restaurante. Isso abriu uma discussão dele com o procurador-geral do município, Otávio Batista Rocha Machado. Fernando explicou ao GAZETA que pelo Minas Consciente, os bares e restaurantes podem funcionar até às 19 horas, mas Montes Claros permite até às 22 horas. Ele propõe que seja até a meia-noite, mas que conceda permissão à casa de eventos.
