A professora Ivana Ferrante Rebello, do Departamento de Comunicação e Letras e do Programa de Pós-Graduação em Letras/Estudos Literários da Unimontes representa Minas Gerais, hoje, no evento que comemora os 99 anos da Semana de Arte Moderna. O evento contará com pesquisadores de todo o Brasil e ela afirma que levará para o debate os nomes de Agenor Barbosa e de Zina Aita, mineiros que participaram da Semana de 22 e que ficaram de fora dos estudos sobre o festival de artes. “A presença de meus colegas e alunos será motivo de muita alegria e reforçarão a presença mineira no evento”, comemora a professora Ivana Ferrante, que participará da mesa “Encontro 1 | Histórias da semana: o que é preciso rever”.
A Semana de Arte Moderna será tema do ciclo de debates 1922: modernismos em debate, que acontece entre março e dezembro de modo online. Os encontros serão realizados uma vez ao mês e terão a participação de 41 convidados. A atividade é organizada em conjunto, de forma inédita, pelo Instituto Moreira Salles, pelo Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP) e pela Pinacoteca de São Paulo, e se propõe a promover uma revisão crítica da Semana, contextualizando-a historicamente e examinando outras manifestações similares em diversas partes do país.
A iniciativa também tem a participação do Ministério do Turismo e do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Instituto Moreira Salles, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo e Pinacoteca de São Paulo. O evento 100% online e gratuito será transmitido pelos canais de YouTube e Facebook das três instituições. O programa inclui debates nas quatro áreas representadas no evento modernista: arquitetura, artes plásticas, música e literatura. Além disso, tratará de investigar os motivos históricos e culturais da ausência da fotografia e do cinema na Semana.
Outros pontos de reflexão serão o interesse dos modernistas pela cultura popular e os discursos nacionalistas que emergiram no período e tiveram desdobramentos políticos e ideológicos de espectro variado. Até dezembro, foram convidados pesquisadores baseados em diferentes estados, com o objetivo de comparar pontos de vistas, ampliar o conceito de modernismo e discutir as especificidades dos diversos movimentos que despontaram no Brasil entre os anos 1920 e 1940. Além de reunir especialistas em arte moderna, participam artistas contemporâneos que discutirão o teor ideológico presente na representação de corpos negros e indígenas nas obras do período.
A programação ao vivo pelo Youtube e Facebook consta o Encontro 1 | Histórias da semana: o que é preciso rever, às 18h com o tema “A Semana de 100 anos”, com Frederico Coelho (PUC RJ); 18h30 “ Encontros com o modernismo, Regina Teixeira de Barros (curadora independente) e Aracy Amaral (USP). As 19h45 Mulheres modernistas no Brasil: os muitos lugares dos gêneros, com Ana Paula Cavalcanti Simioni (USP); Minas Gerais, um modernismo em surdina: Zina Aita e Agenor Barbosa, com Ivana Ferrante Rebello (UNIMONTES). (GA)
