GABRIELE SANTOS
O Governo de Minas Gerais, em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), deu início a um projeto inédito no país para enfrentar a mortalidade materna e infantil. Na quinta-feira (26/9), foi realizada em Belo Horizonte a primeira oficina da Estratégia Zero Morte Materna por Hemorragia, no auditório da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). A iniciativa faz parte de um plano mais amplo que busca reduzir as mortes maternas, infantis e fetais no estado.
A estratégia será aplicada em todas as macrorregiões de saúde de Minas Gerais, sendo o primeiro estado brasileiro a implementar uma ação dessa magnitude. Ana Cyntia Baraldi, enfermeira e consultora de Saúde Materna da Opas, enfatizou a importância dessa abordagem abrangente “Minas Gerais é o primeiro estado que vai implantar essa estratégia em todas as regiões. Isso é inédito no país. A SES-MG está investindo realmente em fazer uma ação ampla, que olhe para os territórios e capilarize as ações para obter resultados bastante efetivos.”
Oficinas de Qualificação Profissional
Como parte do projeto, serão realizadas oficinas de qualificação profissional para equipes de saúde em 27 instituições hospitalares de todas as macrorregiões de Minas Gerais. Essas oficinas têm como objetivo capacitar os profissionais para atuarem na prevenção de mortes por hemorragia, uma das principais causas de mortalidade materna no estado.
Lírica Mattos Pereira, diretora de Gestão da Integralidade do Cuidado da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), destacou o compromisso com a redução dos índices de mortalidade: “Atualmente, a razão de mortalidade materna em Minas é de 47,66 por 100 mil nascimentos, e nossa meta é reduzir esse número para 30 até 2027. Para isso, estamos abordando todo o ciclo de cuidados com a mulher, desde o planejamento reprodutivo até o parto e o acompanhamento da criança.”
Cuidado Materno-Infantil Integral
A estratégia Zero Morte Materna está estruturada em oito oficinas distribuídas ao longo de 12 meses, com foco em capacitação profissional, organização da rede de saúde e comunicação eficiente. O projeto também prevê a criação de uma linha de cuidado materno-infantil que abrange desde o planejamento familiar até o nascimento e os cuidados com a criança no primeiro ano de vida.
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