O mercado financeiro ajustou para cima a previsão de inflação para 2024, elevando a estimativa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado o indicador oficial da inflação no Brasil, de 4,39% para 4,5%. A informação foi divulgada no Boletim Focus, uma pesquisa semanal do Banco Central que coleta as expectativas de instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos.
Esse novo valor está no limite superior da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que definiu uma meta de 3% para 2024, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Assim, a previsão do mercado financeiro coloca a inflação no teto da meta, que é de 4,5%.
Projeções futuras de inflação e crescimento econômico
Além da inflação prevista para este ano, as expectativas para os anos seguintes também foram ajustadas. Para 2025, a projeção de inflação subiu de 3,96% para 3,99%, enquanto para 2026 e 2027 as estimativas permanecem em 3,6% e 3,5%, respectivamente.
Em relação ao crescimento econômico, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 é de 1,93%. Para os anos de 2026 e 2027, o mercado estima que a economia brasileira cresça a uma taxa de 2% ao ano. Em 2023, a economia brasileira registrou um crescimento de 2,9%, superando expectativas anteriores e alcançando um valor total de R$ 10,9 trilhões, segundo dados do IBGE.
Taxa Selic e Projeção do Dólar
No que se refere à taxa Selic, o mercado financeiro prevê que ela encerre 2024 em 11,75% ao ano. Para 2025, a expectativa é de uma redução para 11,25% ao ano, com previsões de novas quedas nos anos seguintes, alcançando 9,5% em 2026 e 9% em 2027.
A previsão para a cotação do dólar também foi revisada. Espera-se que a moeda norte-americana encerre 2024 cotada a R$ 5,42, e, para 2025, a projeção é de que o dólar fique em torno de R$ 5,40.
Déficit primário do setor público
Outro dado relevante do Boletim Focus é o déficit primário do setor público, que até o momento acumula R$ 86,22 bilhões em 2024. Este déficit reflete a diferença entre as receitas e as despesas do governo, excluindo o pagamento de juros da dívida pública.
O cenário econômico, com aumento da previsão da inflação e a manutenção de uma Selic alta, segue desafiador. No entanto, o crescimento acima do esperado em 2023 mostra que a economia brasileira tem demonstrado alguma resiliência, embora o futuro exija cautela e ajustes para manter a inflação sob controle e garantir um crescimento sustentável nos próximos anos.
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