MEETING PARALÍMPICO: Nadador mineiro supera índice de Paris 2024 - Rede Gazeta de Comunicação

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MEETING PARALÍMPICO: Nadador mineiro supera índice de Paris 2024

Arthur Xavier Ribeiro, da classe S14 (deficiência intelectual), nadou os 100m costas em 1min01s44 e bateu a marca colocada como critério de classificação para os Jogos; feito porém precisará ser feito novamente em Seletivas da modalidade; competição continua neste domingo, 14, com somente disputas de atletismo.

O Meeting Paralímpico Loterias Caixa em Belo Horizonte (MG), realizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) neste final de semana, dias 13 e 14, pode ter sido o ponto de largada para o nadador mineiro Arthur Xavier Ribeiro buscar a sua vaga nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Na competição deste sábado, ele nadou os 100m costas pela classe S14 (deficiência intelectual) em 1min01s44 e bateu o índice paralímpico da prova de 1min01s62.

A marca feita no Meeting Paralímpico, porém, não tem validade para classificação à capital francesa e, por isso, o jovem nadador precisará repetir o feito em uma das duas oportunidades que servirão como Seletivas oficias da modalidade: o Open Internacional de natação, de 2 a 4 de maio, e a 1ª Fase Nacional do Circuito Loterias Caixa, que acontece de 16 a 18 do mesmo mês.

Ele foi um dos 438 participantes inscritos nas disputas da capital mineira, que foram válidas pelas Seletivas Estaduais das Paralimpíadas Escolares, Paralimpíadas Universitárias, Paralimpíadas Militares e dos Intercentros (competição entre alunos do projeto Centros de Referência do CPB), além das provas de alto rendimento. A competição se encerra neste domingo, 14, com somente disputas de atletismo.

A Universidade Federal de Minas Gerais reuniu competidores do atletismo, da natação e do halterofilismo. A bocha foi disputada no Chromos Colégio Pampulha II; o tiro esportivo ocorreu no Clube de Tiro Cettas; e o Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica foi sede das disputas do tiro com arco.

“Não tinha ideia que poderia estar nesse nível de ter chance de disputar uma edição de Jogos Paralímpicos. Ir para Paris. A ficha ainda não caiu, mas estou achando tudo muito legal. Ter a chance de viajar para outro país”, afirmou o atleta, 17.

Arthur Xavier era atleta olímpico até 2019, quando foi diagnosticada a deficiência intelectual. Hoje, treina no Centro de Referência do CPB em Belo Horizonte, que funciona na Universidade Federal de Minas Gerais. Os Centros de Referência fazem parte do Plano Estratégico do Comitê Paralímpico Brasileiro e o objetivo do projeto é aproveitar espaços esportivos em estados de todas as regiões do país para oferecer modalidades paralímpicas, desde a iniciação até o alto rendimento.

Antes de buscar a vaga para Paris 2024, entre os dias 21 e 27 de abril, ele vai competir pela primeira vez internacionalmente no Campeonato Europeu de natação, que será na Ilha da Madeira, em Portugal.

“Evoluí demais depois da pandemia. Estou tendo ótimos resultados agora. Aqui [no Meeting] era para ter mais confiança. Era para sentir que estamos no caminho certo. Prefiro os 100m livre, mas os 100m costas é que tem me dado as melhores marcas e que pode me levar para Paris”, completou o atleta que tem 1,97m de altura.

Já no halterofilismo, o mineiro Marco Túlio de Cruz, que competiu pelo clube Praia/CDDU/Uberlândia na categoria até 49kg, melhorou sua marca do ranking 2023, no qual encerrou como líder com 155kg, e ergeu 157kg em sua terceira tentativa deste sábado.

Entre as mulheres, o grande embate do dia foi entre as halterofilistas acima dos 86kg Tayana de Medeiros e Edilândia Araújo. A primeira, que disputa normalmente na categoria até 86kg, subiu de peso e venceu a disputa ao levantar 142kg, enquanto a segunda ficou com a medalha de prata, com 130kg.

O atletismo, por sua vez, contou com a presença da medalhista paralímpica e mundial Izabela Campos. A atleta da classe F11 (deficiência visual), que competiu pelo clube Sadevi/CTE-UFMG, venceu os duelos do arremesso de peso, com a marca de 10,32m, e lançamento de disco, com 36,65m. Este último teve um índice técnico de 94,16% e por pouco não bateu o próprio recorde nacional dela, de 40,12m, feito no mês passado.

A temporada do Meeting Paralímpico Loterias Caixa de 2024 começou em fevereiro com etapas simultâneas em Porto Alegre (RS) e Rio Branco (AC). O evento já passou, também, por Florianópolis (SC), Porto Velho (RO), Curitiba (PR), Cuiabá (MT), Salvador (BA), Campo Grande (MS), Goiânia (GO), Aracaju (SE), Recife (PE) e Palmas (TO). Neste final de semana, sábado e domingo, também tem uma etapa em João Pessoa (PB).

Neste ano, o evento oferece mais modalidades e passará por todas as capitais brasileiras. Em 2024, além de competições de atletismo, natação e halterofilismo organizadas pela Diretoria de Esportes de Alto Rendimento (DEAR) do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), os Meetings também recebem etapas regionais de competições organizadas pela Diretoria de Desenvolvimento Esportivo (DDE): Paralimpíadas Escolares, Paralimpíadas Universitárias, Paralimpíadas Militares e Intercentros (competição entre alunos dos Centros de Referência do CPB, projeto que aproveita espaços esportivos em estados de todas as regiões do país para oferecer modalidades paralímpicas, desde a iniciação até o alto rendimento). Com isso, os Meetings passam a abrigar também disputas em três novas modalidades: bocha, tiro com arco e tiro esportivo.

O Meeting Paralímpico Loterias Caixa tem o objetivo de desenvolver o paradesporto em todo o território nacional, com a participação de novos talentos e atletas de elite. É idealizado e organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) desde 2021, como uma atualização dos tradicionais Circuitos Loterias Caixa, que já eram realizados desde 2005. Entre 2021 e 2023, reunia provas de atletismo, natação e halterofilismo, sendo que cada cidade sediava disputas de, pelo menos, uma dessas modalidades.

neste final de semana e que se encerrou, no domingo, 14, marcou a estreia de um jovem atleta que pode futuramente ser uma raridade no esporte paralímpico nacional. O arremessador Kauã Martis da Cruz, 12, competiu pela primeira vez em sua vida por sua classe F61 (amputados de membros inferiores com próteses), na qual não há registro de nenhum outro atleta homem no país no banco de dados do CPB.

Ele foi um dos participantes das Seletivas Estaduais das Paralimpíadas Escolares da competição, que ainda contou com disputas válidas pelas Paralimpíadas Universitárias, Paralimpíadas Militares e dos Intercentros (competição entre alunos do projeto Centros de Referência do CPB), além das provas de alto rendimento. (Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro)