GIRLENO ALENCAR
A área mineira da Sudene recebeu R$ 1,1 bilhão dos recursos do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE), conforme relatório divulgado ontem pelo Ministério do Desenvolvimento Regional. Foram mais de R$ 43,78 bilhões concedidos em financiamento a empreendedores do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste em 2020 por meio dos Fundos Constitucionais das três regiões (FNO, FNE e FCO). Os recursos são administrados pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e concedidos pelos bancos do Nordeste, da Amazônia e do Brasil. “A orientação que temos do presidente Bolsonaro é de fazer esses repasses chegarem ao maior número de beneficiários e municípios nestas regiões que historicamente têm mais dificuldade. Dessa forma, a economia é menos impactada neste período de pandemia e, ao mesmo tempo, damos suporte às empresas para que os empregos sejam mantidos”, afirma o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
A região que movimentou mais recursos foi a Nordeste, com R$ 25,8 bilhões em contratações, seguida pelo Norte, com R$ 10,48 bilhões, e pelo Centro-Oeste, com R$ 7,5 bilhões em financiamentos. Desse total, R$ 3,52 bilhões foram destinados a pequenos empreendedores das três regiões, que puderam acessar os recursos por meio da linha emergencial contra os impactos da pandemia de covid-19. De acordo com dados preliminares da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), dos R$ 25,8 bilhões utilizados em financiamentos na região, pouco mais de R$ 3 bilhões foram disponibilizados por meio da linha emergencial voltada a estabelecimentos afetados pela pandemia do coronavírus. Foram registradas mais de 156 mil operações nos 11 estados atendidos pelo órgão por meio dessa linha. No total, foram realizadas mais de 711 mil contratações em todas as linhas de financiamento disponíveis.
Do montante total, R$ 19,1 bilhões foram aplicados em iniciativas nos ramos de agronegócio, comércio e serviços, entre outros. Além disso, R$ 6,6 bilhões foram investidos no setor de infraestrutura, outros R$ 11,7 milhões para o Financiamento Estudantil (Fies) e R$ 113 milhões para empréstimos a pessoas físicas. A Bahia registrou o maior volume de aplicação (R$ 4,19 bilhões), seguida por Ceará e Pernambuco, que contrataram, respectivamente, R$ 2,86 bilhões e R$ 2,68 bilhões. Os três estados foram responsáveis por 51,1% da movimentação. Maranhão (R$ 2,04 bilhões), Piauí (R$ 1,81 bilhão), Paraíba (R$ 1,21 bilhão), Minas Gerais (R$ 1,1 bilhão), Rio Grande do Norte (R$ 1 bilhão), Sergipe (R$ 942 milhões), Alagoas (R$861 milhões) e Espírito Santo (R$ 341 milhões) completam a lista.
O setor de comércio e serviços foi o que mais se destacou, contratando R$ 8,4 bilhões – 32,4% do total. Na sequência veio Infraestrutura, com R$ 6,6 bilhões (25,7%). Outros setores contemplados foram agrícola (R$ 3,4 bilhões), pecuária (R$ 4,3 bilhões), agroindústria (R$ 448,9 milhões), indústria (R$ 2,1 bilhões) e turismo (R$ 532,7 milhões). As contratações foram realizadas por meio dos diversos programas do Fundo Constitucional, como FNE Rural, FNE Inovação e Pronaf. Desses R$ 25,8 bilhões, foram destinados R$ 14,8 bilhões para o Semiárido, região apontada como prioritárias pela Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR).
O Fundo Constitucional do Norte (FNO), que conta com o apoio da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), realizou R$ 10,48 bilhões em contratações (19.095 operações). Desse total, o agronegócio foi responsável por R$ 4,5 bilhões e o setor de infraestrutura, por R$ 3,5 bilhões. Os pequenos empreendedores tiveram acesso a cerca de R$ 1,3 bilhão – R$ 306,7 milhões por meio da linha emergencial contra a Covid-19 (4 mil operações), R$ 430,3 milhões por meio da linha FNO MPEI, que inclui também os microempreendedores individuais, e outros R$ 512,6 milhões em diferentes linhas ofertadas pelo Banco da Amazônia. A contratação de financiamentos no Pará foi a maior entre os estados do Norte (R$ 4,05 bilhões). Na sequência, vêm Tocantins, com R$ 2,21 bilhões; Rondônia, com R$ 1,63 bilhão; Amazonas, com R$ 1,47 bilhão; Acre, com R$ 287,9 milhões; Amapá, com R$ 72,3 milhões; e Roraima, com R$ 751,8 milhões.
Nos quatro estados do Centro-Oeste, o Fundo Constitucional da região, que é administrado em parceria com a Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), financiou mais de R$ 7,5 bilhões em 20,5 mil operações. Desse total, o agronegócio foi responsável por R$ 5,3 bilhões – um crescimento de 12% comparado ao ano anterior. Já as áreas da indústria, infraestrutura, turismo, comércio e serviços foram responsáveis por R$ 2,28 bilhões em contratações. A linha de desenvolvimento rural, que financia investimentos fixos, semifixos e custeio, foi a responsável pela maior parcela de crescimento das operações. Foram quase R$ 4,8 bilhões em mais de 9,2 mil concessões de crédito em 2020. Em Goiás, os produtores rurais tiveram R$ 1,54 bilhão financiado. O agronegócio no Distrito Federal (R$ 516,6 milhões em financiamentos), em Mato Grosso (R$ 1,88 bilhão) e em Mato Grosso do Sul (R$ 1,32 bilhão) também foram responsáveis pelo crescimento.
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