O estudo da Unimontes sobre a incidência da Covid-19 no Norte de Minas foi publicado em periódico do Mato Grosso do Sul e está entre as publicações do volume 7/2021, edição mais recente da Revista Geofrontter, produção do Grupo de Estudos em Fronteira, Turismo, Território e Região, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). O estudo é do projeto “Geografia em Saúde” desenvolvido pela Universidade Estadual de Montes Claros e agora ganha projeção junto à comunidade científica do país.
O trabalho permite o acesso e a interpretação em mapas e gráficos dos dados reais sobre a incidência gradativa do novo coronavírus desde o início da pandemia para quase 90 municípios do Norte de Minas, sob o título “A espacialização da Covid-19 na mesorregião do Norte de Minas Gerais: breve análise epidemiológica e geográfica – junho 2020”.
A produção é dos professores doutores Gustavo Henrique Cepolini Ferreira e Iara Maria Soares Costa da Silveira, do Departamento de Geociências e do Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGEO), da Unimontes, com os acadêmicos do 5º período do curso de bacharelado em Geografia, Alexon do Carmo Alves, Amanda Emmily Silva e Silva e Guilherme Simões Pinheiro.
No artigo publicado neste mês, os pesquisadores da Unimontes apresentam e discutem os dados da Covid-19 para uma população estimada em 1,6 milhão de pessoas no Norte de Minas. O formato de estudo desenvolvido pela universidade se tornou referência e ganhou repercussão durante a pandemia, principalmente pela projeção do avanço dos casos da doença e os comparativos da incidência entre as mesorregiões mineiras. Os registros iniciais se intensificaram nos grandes centros e depois houve a “interiorização” da Covid-19. Os primeiros casos e óbitos causados pela doença na região foram registrados na primeira quinzena de abril de 2020. Os dados têm como base os relatórios oficiais do Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Saúde.
“Primeiramente, fez-se uma investigação sobre os conceitos indispensáveis para abordagem da Sars-Cov-2 (nome científico da doença), com os estudos geográficos a partir da utilização de softwares de SIG (Sistemas de Informações Geográficas) e análise regional, revelando, portanto, a indissociabilidade entre a dispersão do vírus na região e os indicadores regionais, bem como a constatação da subnotificação das ocorrências vigentes nesta mesorregião até o início de junho de 2020”, relatam os autores.
O trabalho vai mais além, ao relatar as informações oficiais sobre o sistema de saúde regional e suas limitações, como, por exemplo, a ausência de respiradores artificiais em 73% dos 89 municípios da mesorregião. “Este trabalho tornou-se uma contribuição da Unimontes para manter o isolamento e o distanciamento social, pois, entre outras coisas, a pandemia escancara as desigualdades regionais no interior do Brasil”, finalizam os pesquisadores na apresentação do artigo.
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