Na semana em que se comemora o Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento (21 de maio), uma pesquisa realizada pelo Sebrae Minas aponta que 62% dos empreendedores mineiros estimulam ações para promover a diversidade, equidade e inclusão em suas empresas. Além disso, para 53% das pessoas entrevistadas, o tema é considerado muito relevante. A 2ª edição da pesquisa foi realizada entre os dias 08 e 23 de abril de 2024, com 392 empreendedores (entre microempreendedores individuais e micro e pequenas empresas) de todo o estado.
Segundo o estudo, 62% dos empreendedores investem em ações voltadas para a igualdade racial, 52% estimulam ações em prol da igualdade de gênero, 43% em prol da inclusão de pessoas mais velhas, 40% investem em ações para a inclusão de pessoas com deficiência e 31% estimulam ações em prol de pessoas LGBTQIAPN+. Quando perguntadas se pretendem investir em ações que promovam a diversidade nos próximos dois anos, 68% dos entrevistados afirmaram que sim. A ação mais citada foi a inclusão de pessoas mais velhas (37%), seguida pela igualdade racial (36%).
“Os resultados nos mostram que o debate sobre o tema diversidade, equidade e inclusão vem crescendo no meio corporativo. Os pequenos negócios estão atentos à importância de implantar ações de diversidade, o que amplia as oportunidades de trabalho, reduz desigualdades e favorece a inclusão de grupos desfavorecidos ou minorizados”, destaca o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva.
A pesquisa revelou que 55% das pessoas entrevistadas têm empregados(as) ou prestadores de serviços. Dentre esses, 58% afirmaram que incluem algum tipo de diversidade no quadro de funcionários da empresa. Dentre os tipos de diversidade mais contemplados no quadro de profissionais, estão racial (40%), seguido por gênero (28%) e LGBTQIAPN+ (26%).
Para mais da metade dos entrevistados (53%), o tema diversidade, equidade e inclusão é considerado muito relevante, um aumento de 3% em comparação com a 1ª edição da pesquisa. Apenas 14% afirmaram que este é um tema pouco relevante ou irrelevante.
A pesquisa perguntou, ainda, qual a primeira ideia que vinha à cabeça dos empreendedores sobre o tema diversidade. A ideia que preponderou foi a de que “somos todos iguais”, para 52% dos entrevistados. Apenas 13% das pessoas afirmaram que nunca pensaram a respeito, e 4% acreditam que é um tema passageiro.
Um ponto que chama atenção na pesquisa é que 72% das pessoas entrevistadas afirmaram que não possuem, em suas empresas, nenhum produto ou serviço voltados para pessoas LGBTQIAPN+, pessoas com deficiência, de corpos diferentes, negras ou mais velhas.
“Focar na diversidade traz muitos benefícios para as empresas, como a oportunidade de inserção em novos mercados, ao desenvolver produtos e serviços inclusivos para pessoas de grupos minorizados, por exemplo. Além disso, o aumento da criatividade e inovação é outro grande benefício, na medida em que a pluralidade de pessoas traz perspectivas e soluções diferenciadas para o negócio”, ressalta o presidente. “No entanto, ainda há desafios a serem superados para que as empresas consigam reestruturar sua cultura organizacional e se tornarem mais diversas e inclusivas”, acrescenta.
A pesquisa revelou, ainda, que 85% das pessoas entrevistadas afirmaram que nunca presenciaram nem sofreram ações ou discursos discriminatórios em suas empresas. Dentre as pessoas que sofreram discriminação, 47% são mulheres, 41% são pessoas negras e 37% são LGBTQIANP+.
A pesquisa traçou o perfil das pessoas empreendedoras em Minas Gerais. A maioria dos respondentes da pesquisa é cisgênero (55% homens e 43% mulheres), enquanto apenas 2% é transgênero ou não binário. Em relação a orientação sexual, 94% são heterossexuais e 6% são homossexuais, bissexuais ou pansexuais. A maioria das pessoas que empreendem se autodeclararam brancos (54%), e 46% se autodeclararam negras – sendo 36% pardos e 10% pretos.
Além disso, 99% das pessoas entrevistadas responderam que não pertencem ao grupo de pessoas com deficiência (PCD), e 94% declararam não ser uma pessoa neurodivergente. Dos 6% que possuem alguma neurodivergência, a grande maioria possui TDAH (82%), enquanto 14% declararam ter transtorno do espectro autista (TEA).
(SEBRAE)
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