A Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) realizou inspeções em diversas casas do Norte de Minas e identificou que 2.300 unidades consumidoras estavam utilizando de forma irregular a energia, o famoso “gato”.
De acordo com a Cemig, as fiscalizações começaram no início de 2024, em janeiro, e duraram até o mês de maio. O intuito das fiscalizações é regularizar e garantir que a medição de consumo seja feita de forma correta nas casas residências dos clientes.
Em dados registrados durante todo o ano de 2023, foram constatadas 6.200 irregularidades na região. A soma do prejuízo chega a mais de R$ 10 milhões aos cofres da empresa.
Conforme informou a Cemig, através do Centro Integrado de Medição (CIM), foi realizado o monitoramento de mais de 9 milhões de unidades em Minas Gerais. O sistema utilizado pela equipe permite que sejam identificados os locais com suspeita de “gato”.
“Por meio do CIM é possível identificar, em tempo real, qualquer anomalia no padrão de consumo de energia dos clientes e enviar equipes de campo para correção das irregularidades”, destacou o gerente de Recuperação de Energia da Cemig, Fábio Sapucaia.
Quando as equipes da Cemig confirmam que há fraudes no local, os responsáveis legais precisam ressarcir a empresa de energia de acordo com o que foi utilizado e não foi pago. Além disso, eles também têm que arcar com custos administrativos. Os clientes identificados estarão sujeitos às punições legais.
“O furto de energia é crime previsto no artigo 155 do Código Penal Brasileiro, com pena de até oito anos de reclusão”, afirmou.
O gerente de Recuperação de Energia da Cemig, Fábio Sapucaia, informa que o responsável pode ainda responder pelo crime de estelionato.
A Cemig alerta que o uso clandestino da energia traz riscos não só para aqueles que fazem o “gato”, mas também para toda a população. Além da possibilidade de provocar ocorrências na rede elétrica, que podem chegar à consequências fatais.
Tem também outros tipos de prejuízos como: causar interrupções no serviço, incêndios e queima de equipamentos.
Além do monitoramento nas residências realizado pela companhia de energia elétrica, os consumidores podem denunciar suspeitas de irregularidades através do telefone 116.
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