GIRLENO ALENCAR
O Conselho de veneráveis do Norte de Minas (Convenorte) abriu campanha para viabilizar a construção de barragens subterrâneas na região, em tecnologia desenvolvida pelo Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais, através do professor Flávio Pimenta, e experimentado em caráter pioneiro no vale do Peruaçu, em Januária. O projeto foi discutido na noite de quarta-feira em reunião da loja Honor ET Virtus e ontem foi apresentado ao promotor Franklim Reginato, coordenador regional de meio ambiente do Ministério Público; hoje ao procurador geral Jarbas Soares Junior, que estará em Montes Claros.
O presidente do Convenorte, Edilberto Colares Oliveira, explica que este projeto tem de ser expandido para maior quantidade de localidade, pois é a solução para o Norte de Minas enfrentar os impactos da seca. O custo de cada barragem subterrânea é de R$ 50 mil. Ele lembra que o foco é fazer parceria com a UFMG, através da Fundep, para receber os recursos. “Não podemos é deixar que a região tenha de 900 a 1.000 milímetros de chuvas por ano e essa água vá para o oceano, enquanto a população fique sem água durante seis meses por ano” – explica o presidente Colares.
O coordenador técnico do projeto, Flávio Pimenta, explica que criou essa tecnologia, depois de ver um incêndio em uma vereda no Peruaçu. Estudou varias técnicas, quando criou esse modelo, onde através de uma lona plástica sobe o lençol freático e recupera toda área. Ele lembra que o Norte de Minas corre risco de desertificação, pois tem um déficit anual de 400 a 900 milímetros de água e, por isso, quer deixar esse legado e contribuição para a região reverter essa tendência. Ele cedeu esse projeto à maçonaria como forma de retirá-lo do papel.
O vice-presidente do Convenorte, Allan Lopes, explica que a Maçonaria do Norte de Minas sempre atuou em prol da crise hídrica e por isto implantará várias medidas e estratégias para mudar este quadro.
