A lei de cotas, nº 12.711/2012, estará completando 10 anos no próximo dia 28 de agosto. Essa medida tem o objetivo garantir o acesso ao ensino superior para os estudantes declarados pretos, pardos, indígenas e deficientes que estudaram em escolas públicas, sendo ofertadas 50% de vagas para esse público em universidades e institutos federais.
O Congresso irá realizar um diagnóstico desse período para avaliar os resultados da implantação dessa lei. Para isso, é necessário que seja feito um estudo aprofundado, identificando todos os parâmetros positivos e negativos, para que sejam realizadas melhorias efetivas, possibilitando mais chances de abertura para jovens que pretendem alcançar diversos objetivos profissionais, principalmente os que sonham em proporcionar uma vida melhor para si e sua família.
De acordo com um estudo feito pelo Sindicato de Mantenedoras dos Estabelecimentos de Ensino Superior, um diploma valoriza em até 182% a remuneração de uma pessoa.
Essa análise precisa ser feita considerando todo um contexto social, já que existe uma diferença é gritante, entre os estudantes ricos e pobres, visto que nem todos os universitários de baixa renda possuem estruturas financeiras e amparos para poderem se desenvolver ao longo do curso, como gastos de passagem, alimentação, etc. Esse contraste reflete diretamente no mercado de trabalho, pois os poucos que conseguem se formar enfrentam ainda um cenário de preconceito e intimidação, tanto por parte de muitas organizações e até mesmo de concorrentes que tiveram mais privilégios na trajetória acadêmica.
Segundo o IBGE, 54% da população brasileira tem a pele preta ou parda, e mesmo assim as pessoas brancas ainda têm o dobro de chances de conseguir um bom emprego.
Torna-se então cada vez mais difícil competir igualdade por um espaço no mercado de trabalho, já que o fato de existir a Lei de Cotas é uma prova de que, além de facilitar o ingresso ao ensino superior, já que o mercado ainda está engatinhando para proporcionar vagas pela capacidade intelectual e não pelas características físicas; é necessário melhorar muito a qualidade de ensino, desde as formações básicas, para que os estudantes consigam frequentar as universidades com muito mais conhecimento e base muito mais estruturadas. (JOYCE ALMEIDA – Sob supervisão de Stênio Aguiar)
Compartilhe isso:
- Clique para compartilhar no Twitter(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela)
- Clique para imprimir(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no LinkedIn(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Telegram(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela)