Júri popular condena réus por assassinato de advogado encontrado concretado em 2022
Diovane Barbosa
O caso do advogado Alexandre Mauro Barra, de 34 anos, brutalmente assassinado e encontrado concretado no quintal de uma casa, teve desfecho nesta sexta-feira (6), com a condenação dos três réus em um júri popular que se estendeu das 9h da manhã até as 4h da madrugada no Fórum de Montes Claros.
Fernando foi condenado a 34 anos de reclusão e multa, enquanto Marcos e Jhordey Billy receberam penas de 22 anos de reclusão cada, além de multa. Todas as teses apresentadas pelo Ministério Público foram acatadas pelo júri.
Relembre o caso
O crime aconteceu em 13 de dezembro de 2022, quando Alexandre foi atraído por um amigo íntimo para uma casa no bairro Carmelo, onde foi rendido e enforcado. Segundo as investigações, o assassinato foi planejado com o objetivo de eliminar dívidas relacionadas à agiotagem. O corpo do advogado foi levado para outra residência no bairro Independência, onde foi enterrado no quintal e concretado.
A Polícia Civil apurou que o amigo da vítima, responsável por intermediar empréstimos com juros abusivos, convenceu os demais envolvidos a participar do crime. Ele alegou que, ao eliminar Alexandre, poderiam reduzir dívidas e se apropriar dos valores devidos à vítima.
“Ele fez com que os outros acreditassem que a vítima era perigosa, que advogava para grandes criminosos e mandava matar quem não o pagasse. Além disso, afirmou que com a morte haveria redução das dívidas”, explicou a delegada Francielle Drummond.
A cronologia dos fatos mostra a frieza e o planejamento do crime:
12/12: Reunião entre os envolvidos para arquitetar o assassinato.
13/12: Alexandre desapareceu pela manhã e foi levado para o local do crime. À noite, o corpo foi transportado para outra casa, onde foi enterrado e o quintal concretado.
14/12: O carro da vítima foi encontrado em um motel em Contagem.
16/12: Um dos envolvidos, motorista de aplicativo, foi alvo de tentativa de homicídio, o que levou à prisão de três homens ligados ao caso.
19/12: O corpo de Alexandre foi localizado, após a polícia ser informada por um dos presos sobre o local onde estava enterrado.
29/12: O último suspeito foi capturado em Uberlândia.
As condenações no julgamento refletem a gravidade e brutalidade do crime, que chocou a população de Montes Claros e região.
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