O governador de São Paulo, João Dória, anunciou, em entrevista coletiva, que vai imunizar “brasileiros de SP” contra a Covid-19 em janeiro e fez críticas ao plano para vacinas do Ministério da Saúde Coronavac, que está ainda na terceira fase de teste, em que a eficácia precisa ser comprovada ante de ser liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Porém, devemos analisar que, a vacina adquirida por Dória, vai torrar dos cofres públicos são paulinos 90 MILHÕES DE DÓLARES… Uma vacina muito suspeita… Se é que podemos chamar de vacina! E todos nós sabemos que o governador de São Paulo é um marqueteiro profissional. Então, Dória está usando a “inquietação, insofrimento, a preocupação e o desespero da população” para se lançar como provável candidato à presidência do Brasil em 2022. Devemos ficar muito atentos a isso, pois ele está usando o momento para tirar proveito político em cima da desgraça alheia. Sabemos que precisamos, urgentemente, encontrar uma vacina para combater a Covid-19, que já fez inúmeras vítimas fatais por todo o mundo, mas sem sensacionalismo e propagandismo político. Essa obsessão pode nos levar ao caos, a mais sofrimentos, a mais mortes, falsas esperanças. Todo cuidado é pouco, precisamos de confirmações laboratoriais quanto à eficácia da vacina. Não basta sair na frente, são precisos primeiro testes comprobatórios, publicados em revistas científicas referências mundiais.
Vamos fazer uma conta simples e básica dessa vacina do Dória: se ele está adquirindo o lote de vacinas por 90 MILHÕES DE DÓLARES, isso dividido por 46 milhões de doses produzidas, temos portanto um valor superávit de US$ 1.956,52. Quase DOIS MIL DÓLARES POR DOSE DE VACINA! Num momento tão complicado quanto este que vivemos por causa do coronavírus.
Estamos vivendo uma crise mundial. Crise esse que é diferente de tudo o que o mundo já viu até hoje e certamente terá consequências devastadoras para todas as nações. Até o mundo se recuperar de tantas perdas de vidas, perdas financeiras, vai levar muitos e muitos anos.
É realmente uma crise global. Crises passadas, ainda que profundas e severas, permaneceram confinadas a segmentos menores do mundo, da América Latina nos anos 1980 à Ásia nos anos 1990. Mesmo a crise financeira global de dez anos atrás teve efeitos mais modestos sobre a produção global.
A estimativa é de que, pela primeira vez desde a Grande Depressão, tanto economias avançadas quanto em desenvolvimento registrem recessão este ano. A próxima edição das estimativas do FMI para a economia mundial, esperada para junho, deverá mostrar quedas ainda piores do que as estimadas anteriormente – em março, o fundo estimava queda de 3% no PIB global e de 5,5% no brasileiro.
A CoronaVac ainda não foi incluída no plano do Ministério da Saúde. Então fica a pergunta: porque adquirir uma vacina tão cara, em épocas de pandemia da Covid-19 e crise financeira, se ainda não tem nada certo quanto à sua eficácia e registros?
GIOVANNI RIBEIRO
Jornalista e radialista
