JOSÉ DE PAIVA NETTO
Jornalista, radialista e escritor
Jesus Espírito ressurgiu aos olhos humanos. Com esse ato extraordinário, criou na Alma dos Seus seguidores coragem capaz de enfrentar — suplantando-os à custa de suas próprias vidas, se preciso fosse — todos os ódios e perseguições mundanas, sem que sejam também portadores desse comportamento malsão. Por isso sempre destaco, na Religião do Terceiro Milênio: valentia é aceitar uma incumbência, por mais difícil que pareça, e levá-la, com todo o brio, até o término, sem desanimar, com os olhos fitos no Cristo de Deus.
Como exaltava Alziro Zarur (1914-1979), “se Jesus não tivesse ressuscitado, não haveria Cristianismo”.
Jesus venceu a morte
Conta a Boa Nova, conforme Lucas, 9:60, que, certa feita, a um jovem que desejava segui-Lo, contudo antes pretendia sepultar o corpo do seu pai, que morrera, o Excelso Pedagogo, com o intuito de testá-lo, aconselhou: “Deixa aos mortos enterrarem seus mortos. Tu, porém, vai e anuncia o Reino dos Céus”.
E nas anotações de Marcos, 12:27, Jesus revela: “Deus não é Deus de mortos, mas de vivos”, isto é, de seres eternos. E completou: “Por não crerdes nisso, errais muito”.
O inesquecível recado de Sua Paixão, principalmente para esta época de tempos chegados, é a vitória sobre a morte.
Na Primeira Carta aos Coríntios, 15:55, encontramos esta contundente indagação do Apóstolo Paulo:
― Morte, onde está a tua vitória? Onde, o teu aguilhão?
Na verdade, minhas Irmãs e meus Irmãos, os mortos não morrem. Para os que têm “olhos de ver e ouvidos de ouvir”, repetimos sempre, a morte é um boato. Ao derrotá-la, Jesus pôde demonstrar o que dissera na Boa Nova dos relatos de João, 16:33: “Eu venci o mundo”. E o Divino Mestre quer que, com Ele, igualmente o façamos. Quando as nações conhecerem melhor a realidade da vida espiritual, eterna, vão reformular tudo nos relacionamentos sociais, inclusive no âmbito planetário. Por enquanto, a sociedade permanece firmada quase que unicamente na matéria, que é um manto a esconder do ser humano o verdadeiro sentido de sua existência. Daí os equívocos, por vezes trágicos, não apenas na Religião, mas na Política, na Arte, nos Esportes, na Ciência, na Filosofia, e por aí vai. É comparável à lenda egípcia dos peixes que, vivendo no fundo de um laguinho, não davam crédito às notícias da presença de rios, mares e oceanos imensamente superiores ao seu restrito hábitat, preferindo, temerosos, vagar pela escuridão da mediocridade. É o caso das criaturas terrenas imprevidentes, ameaçando-se a si mesmas com os perigos inenarráveis de uma destruição indescritível, pois o pequeno lago veio a secar, e todos os peixinhos sucumbiram estorricados. Entretanto, como afirmava Teócrito (320-250 a.C.), “enquanto há vida, há esperança”. E a Vida é eterna.
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