Isaquias Queiroz herda vaga olímpica no Mundial de canoagem - Rede Gazeta de Comunicação

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Isaquias Queiroz herda vaga olímpica no Mundial de canoagem

Isaquias Queiroz se garantiu nas Olimpíadas sem nem precisar entrar na raia de Duisburg neste domingo. O campeão olímpico herdou uma vaga nos Jogos de Paris depois de ter ficado na sexta colocação do C1 1.000m no Mundial de canoagem de velocidade, a apenas um posto da zona de classificação no sábado. Uma realocação de vagas do tcheco Martin Fuksa no C2 500m proporcionou a classificação do brasileiro. A vaga herdada pertence ao Brasil, mas deve ficar mesmo nas mãos de Isaquias, que conquistou o posto.

“Lembro muito bem que o Sebastian Brendel e Jan Vandrey em 2016 não tinham vaga e ganharam a vaga. E chegou lá campeões olímpicos. O Yuriy Cheban também não tinha vaga do C1 200 ganhou a vaga, doaram pra ele, chegou lá e foi campeão olímpico. Então por que não eu aceitar uma vaguinha dessa de bom grado?”, disse Isaquias.

Campeão do C1 1.000m, Martin Fuksa terminou na oitava colocação do C2 500m neste domingo ao lado de Petr Fuksa, fechando a zona de classificação olímpica da prova de duplas. Como cada atleta só pode conquistar uma vaga em Paris, Martin é alocado para o barco de dupla – ele também pode disputar o C1 1.000m nos Jogos. Assim, a vaga do tcheco na prova individual passa para o atleta mais bem ranqueado elegível, justamente Isaquias Queiroz.

“Eu respeito o Isaquias também. Nós somos amigos desde a categoria Júnior, são muitos anos. Temos uma boa rivalidade, isso é bom para os fãs. Estou ansioso por novas corridas. Ele ganhou nos Jogos Olímpicos. Eu ganhei aqui. Agora, eu estou melhor nesse ano. Nos próximos anos pode mudar, eu espero que não. Eu vou dar o meu melhor, de novo e de novo”, disse Fuksa.

Por ter classificado o C1 1.000m no Mundial de Duisburg, Isaquias não vai poder competir o C2 500m no pré-olímpico das Américas no ano que vem. O Brasil vai ter de escalar uma dupla sem o campeão olímpico. Caso conquiste a vaga continental no C2, o Brasil vai ter a opção de enviar para Paris três canoístas.

Aos 29 anos, Isaquias vai disputar as Olimpíadas pela terceira vez. Ele tem quatro medalhas olímpicas –um ouro (em Tóquio 2020), duas pratas e um bronze (na Rio 2016). Se ganhar mais uma, ano que vem, em Paris, Isaquias se torna o maior medalhista olímpico da história do Brasil ao lado de Torben Grael e Robert Scheidt, ambos da vela e com cinco pódios.

Em Mundiais, Isaquias tem 14 medalhas – são sete de ouro, uma de prata e seis de bronze. A primeira, curiosamente, foi em Duisburg, há 10 anos. Em 2013, na Alemanha, o baiano de Ubaitaba ganhou o ouro no C1 500m e o bronze no C1 1.000m.