O vice-governador de Minas Gerais, Professor Mateus, anunciou hoje a destinação de recursos para impulsionar o desenvolvimento de Matias Cardoso e Manga. Em eventos marcados para esta quinta-feira (25/7), autoridades, empresários e produtores rurais se reunirão para discutir e receber os investimentos planejados.
Em Matias Cardoso, o encontro está agendado para as 10h30, na Orla do Rio São Francisco, enquanto em Manga a reunião acontecerá às 13h30, no Espaço de Eventos Mandacaru, localizado na Rua Montalvânia, s/n. A iniciativa visa fortalecer a infraestrutura local e apoiar o crescimento econômico da região, destacando o compromisso do governo estadual com o desenvolvimento sustentável e inclusivo.
O município de Matias Cardoso no início do século XVII, bandeiras paulistas exploraram o rio São Francisco, estabelecendo o Caminho Geral do Sertão. Na década de 1650, o Recôncavo baiano enfrentou invasões de grupos indígenas aliados a quilombolas do interior. Sem sucesso em conter a ameaça, o governo da Capitania da Bahia solicitou ajuda aos paulistas, liderados por Mathias Cardoso de Almeida. Em 1660, Mathias e seu grupo estabeleceram-se na região do rio Verde Grande, fundando o Arraial do Meio e a Fazenda Jaíba. Devido a inundações, mudaram-se para as margens do rio São Francisco, onde fundaram Morrinhos, hoje Matias Cardoso, a primeira povoação duradoura de Minas Gerais. Desde então, dedicaram-se à criação de gado e ao comércio com Salvador, facilitado pelo caminho que conectava as duas cidades. A prosperidade permitiu a construção da primeira igreja de Minas, dedicada a Nossa Senhora da Conceição, e a elevação de Morrinhos à categoria de freguesia em 1695. Em 1992, Matias Cardoso tornou-se município, desmembrando-se de Manga, e hoje destaca-se pela sua rica história e paisagens às margens do rio São Francisco.
Localizado no Norte de Minas Gerais, às margens do Rio São Francisco, o município de Manga destaca-se por suas paisagens deslumbrantes e rica história de desbravamento. No século XVII, bandeiras lideradas por Antônio Figueiras, Januário Carneiro e Matias Cardoso exploraram a região, enfrentando os índios das Tribos Coroados, Vermelhos, Xakriabás, e outras, em conflitos que marcaram a ocupação do território. Após intensos embates, muitos indígenas foram escravizados ou deslocados para Goiás.
Fundado como São Caetano do Japoré, o arraial viu surgir o primeiro engenho de rapadura em 1694, explorando o potencial agrícola da área. Posteriormente integrada à Capitania de Minas Gerais, a região prosperou com o comércio e a criação de gado, impulsionados pelos vastos pastos que deram origem ao nome “Manga”.
A partir da construção da Igreja de Santo Antônio no final do século XVIII, Manga ganhou destaque como entreposto comercial, consolidando-se como município em 1924. Sob o domínio de coronéis como Bembém e João Pereira, a cidade experimentou crescimento econômico até meados do século XX, quando mudanças políticas e econômicas reconfiguraram seu cenário.
Hoje, Manga é símbolo da diversidade cultural do Norte de Minas, refletindo sua história de resistência e desenvolvimento. Com um olhar voltado para o futuro, a cidade preserva suas raízes enquanto busca novos horizontes, mantendo viva a herança de seus pioneiros e a promessa de um amanhã próspero.
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