Tarciso Gonçalves Souza, de 78 anos, é uma figura ilustre da cidade de Bocaiuva. Conhecido como Passarinho, o aposentado está sempre alegre e faz muito barulho por onde passa. Seu Tarciso só não sabia que falava tão alto por ouvir bem pouco. E foi a agente comunitária de saúde, que visita sua casa mensalmente, que marcou a consulta médica para investigar isso.
“Ela marcou uma consulta com o clínico geral, que foi quem me encaminhou para o otorrino. Em dois meses, eu já tinha feito todas as consultas, os exames e já estava usando o aparelho auditivo. E foi tudo pelo SUS”, conta ele, enquanto exibe o aparelho.
Já a professora Luciana de Fátima Silva Campos, de 39 anos, moradora de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), sempre que necessário, procura a Unidade Básica de Saúde Celso Diana, no bairro Palmital. “Todas as vezes em que eu precisei de atendimento neste posto eu fui bem atendida. Da última vez que estive lá, eu estava com sintomas de Covid. A moça prontamente me atendeu e me encaminhou para o clínico, que pediu o exame, feito lá mesmo, e eu já saí com o resultado”, destaca.
“A minha sogra também chegou lá passando mal e só saiu depois que a pressão dela baixou. Ela passou pelo clínico geral, e já foi embora levando os pedidos de exame para um retorno. Então eu estou muito satisfeita com o serviço que é prestado”, ressalta ela.
Moradores de Baldim, na RMBH, José de Bonfim Moreira, de 70 anos, e sua esposa, Maria Isabel, de 67, também têm uma relação muito próxima com a Unidade Básica de Saúde mais perto de sua casa. “Nós moramos na Vila Amanda e fazemos parte da UBS de São Vicente. Sempre que eu e minha esposa precisamos de algum atendimento nós vamos lá. Fiz uma prótese dentária e todo o acompanhamento e ficou muito boa. Outra vez, apareceu uma ferida na minha perna e lá me encaminharam para o médico, fiz o tratamento durante um mês, aproximadamente, e a ferida fechou, graças a Deus”, conta o aposentado.
“Além disso, minha esposa faz uso de insulina e também pega esses medicamentos lá em São Vicente, onde somos muito bem atendidos”, elogia ele.
Para melhorar cada vez mais a assistência em saúde e a qualidade de vida do Seu Tarciso, do Seu José, da Dona Maria Isabel e da Luciana, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), investiu, em 2023, cerca de R$ 1 bilhão na Atenção Primária à Saúde (APS) a fim de ampliar a cobertura e qualificar a estrutura em todo o estado.
“Somente na ampliação do número de equipes da APS e na qualificação da estrutura física deste serviço com a construção de novas UBS, investimos cerca de R$ 400 milhões este ano. Até o final de novembro, já havia sido autorizada a construção de 179 unidades em 146 municípios, com o repasse de R$ 370 milhões, mas esperamos fechar dezembro com mais de 200 obras contempladas”, anuncia a diretora de Estruturação e Financiamento da Atenção Primária à Saúde da SES-MG, Bárbara Leão.
Segundo ela, a importância da Atenção Primária se traduz na proximidade que as Unidades Básicas de Saúde (UBS) estabelecem com o ambiente cotidiano das comunidades e das famílias. “Nas UBS, a população tem acesso a diversos serviços de saúde que vão desde a vacinação, planejamento familiar e promoção à saúde até o tratamento de doenças agudas e infecciosas, o controle de doenças crônicas, cuidados paliativos e reabilitação”, explica.
Outros R$ 435 milhões foram investidos na Política Estadual de Atenção Primária, em 2023, além de recursos disponibilizados para o cofinanciamento da Rede de Atenção Psicossocial, o incentivo à Saúde Indígena e o atendimento ao Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário, entre outros.
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