GIRLENO ALENCAR
A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) assinou contrato de transferência de tecnologia para a produção de um cosmético antioxidante que retarda o envelhecimento da pele.
O novo cosmético foi desenvolvido pela pesquisadora Carla Patrícia Andrade Costa com projeto de dissertação de mestrado, no âmbito do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Biotecnologia, em parceria com a KMMD Desenvolvimento e Pesquisa de cosméticos Ltda – Minarvm, representada pelo seu diretor executivo (CEO), Cláudio Diniz Pinto Leite. O produto é um creme facial com características antioxidantes, desenvolvido após vários testes com mistura de ativos importados que já são utilizados, mas de forma separada. O uso conjunto potencializou a ação antioxidante, com utilização de menores concentrações dos ativos. A elaboração de formulações que contêm ativos com propósitos diferentes pode agir, por exemplo, para prevenir o estresse oxidativo e, como consequência, desacelerar o envelhecimento da pele.
A professora Vanessa de Andrade Royo, orientadora do trabalho, destaca que a assinatura do contrato para a transferência de tecnologia é importante para dar mais visibilidade à Unimontes e, consequentemente, ao Programa de Pós-graduação em Biotecnologia, “pois demonstra que trabalhamos em projetos que são de interesse para o mercado”. “Para isso, é necessário conhecimento e muito estudo para o desenvolvimento de projetos inovadores, que são tão importantes quanto às divulgações científicas por meio de artigos e outras publicações”, afirma a professora, que agradece à Agência de Inovação, vinculada à Coordenadoria de Inovação Tecnológica da Unimontes, pelos esforços para a criação da nova política de inovação que possibilitou a transferência da tecnologia desenvolvida.
Royo ressalta ainda a importância obtida a partir dos auxílios disponibilizados durante o processo de desenvolvimento e aprovação do contrato nas instâncias necessárias. Desta forma, a agência tem grande relevância para estimular o desenvolvimento de novos produtos. Membro da Agência de Inovação, o professor Dário Alves de Oliveira salienta que, além contribuir com a Unimontes em sistemas de avaliação nos itens pesquisa, inovação e mercado, o desenvolvimento de tecnologias e o estabelecimento de contratos de transferência de tecnologia e de know-how, possibilitam a interação do setor público com o setor privado. Os produtos gerados com o desenvolvimento de ciência e a tecnologia desenvolvida pela universidade passam a ser utilizados no mercado como produtos de qualidade, e podem gerar riquezas, impostos e melhor qualidade de vida para a sociedade.
O coordenador do Mestrado Profissional em Biotecnologia da Unimontes, professor Afrânio Farias de Melo Júnior destaca que o programa trabalha a inovação desde 2011. “Começamos a colher os frutos na forma de novos produtos para a sociedade”, comemora Melo. O mestrado da Unimontes atua em consonância com a política de inovação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do MEC.
A coordenadora de Inovação Tecnológica, vinculada a Pró-Reitoria de Pesquisa da Unimontes, a professora Sara Gonçalves Antunes de Souza, considera que a celebração do contrato é um marco para a Universidade. “Trata-se da transferência de um conhecimento que nasceu do esforço de pesquisa da professora Vanessa Royo, dentro do PPGB. Agora, do laboratório chegará ao mercado, obedecendo todos os trâmites da Política de Inovação da Unimontes”, avalia.
“A Coordenadoria de Inovação Tecnológica comemora esse contrato e segue trabalhando para que a relação universidade-empresa seja cada vez mais exitosa dentro da instituição, pois essa é uma grande oportunidade de expandirmos para além dos nossos muros”.
O diretor executivo, Cláudio Diniz Pinto Leite destaca a importância da transferência de tecnologia da Unimontes para a empresa. “É uma enorme satisfação para a Minarvm poder receber do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Unimontes a transferência de tecnologia. Foi um processo que envolveu dois anos de muita pesquisa e desenvolvimento. Então, temos muito a comemorar”, enfatiza o executivo.
“As estratégias de parceria entre universidades e empresas devem ser apoiadas para ser um caminho a ser trilhado com muita força no Brasil. Vejo neste tipo de cooperação um importante caminho para aumentar a competitividade por meio do compartilhamento de informações, tecnologias, recursos, oportunidades e riscos. Assim, a universidade cumpre o papel de avançar com o desenvolvimento das ciências, formar profissionais qualificados e, ainda, gerar produtos e serviços que atendam às demandas da sociedade”, acrescenta Leite.
Compartilhe isso:
- Clique para compartilhar no Twitter(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela)
- Clique para imprimir(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no LinkedIn(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Telegram(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela)