INOVAÇÃO EM MINAS GERAIS | Novo centro de processamento celular aumenta possibilidades de transplantes de medula óssea - Rede Gazeta de Comunicação

PUBLICIDADE

INOVAÇÃO EM MINAS GERAIS | Novo centro de processamento celular aumenta possibilidades de transplantes de medula óssea

GABRIELE SANTOS

Minas Gerais dá um passo significativo na área da saúde com a inauguração do Centro de Processamento Celular da Fundação Hemominas. A nova unidade, que faz parte do Centro de Tecidos Biológicos (Cetebio), já beneficiou mais de 2 mil pacientes desde sua fundação em 2013, oferecendo serviços de terapia celular para dez centros transplantadores em todo o estado.

Anteriormente, pacientes que necessitavam de transplantes de medula óssea em Minas precisavam se deslocar para outros estados, enfrentando dificuldades e atrasos no tratamento. Com a inauguração do Cetebio, agora é possível realizar o processamento das células e tecidos biológicos em Minas Gerais, tornando o tratamento mais acessível e eficiente.

Entre os beneficiados, está Maria D’Ajuda Antônio, uma dona de casa de 54 anos diagnosticada com uma doença mieloproliferativa crônica. Após um longo período de tratamento, Maria D’Ajuda realizou um transplante de medula óssea no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG). O procedimento, que envolveu a utilização de células doadas por um irmão compatível, transformou sua vida, aliviando sintomas e melhorando sua qualidade de vida.

O coordenador do Cetebio, André Belisário, destaca que a implantação do centro trouxe agilidade e segurança ao processo de transplante: “Antes da existência do Centro de Processamento Celular, o processo era mais demorado e oneroso. Agora, com o Cetebio, ganhamos em eficiência e segurança, com a possibilidade de processamento de células para uso imediato ou criopreservação.”

O Cetebio realiza a deseritrocitação das células, processando o material para uso a fresco ou para criopreservação em temperaturas extremamente baixas. O centro também recebe material genético de outros estados e países, ampliando a capacidade de atendimento para pacientes mineiros.

A médica Ana Karine Vieira, coordenadora do serviço de transplantes de medula óssea do HC-UFMG, explica que o processo de transplante é centralizado e eficiente, com dois tipos principais: autólogo e alogênico. No caso de Maria D’Ajuda, foi realizado um transplante alogênico com células doadas por um familiar.

O HC-UFMG, um dos centros transplantadores de Minas, continua recebendo pacientes de todo o estado e é responsável por coordenar o tratamento desde a consulta inicial até o transplante, garantindo acesso a cuidados especializados e suporte contínuo.

O Cetebio, com suas novas capacidades e serviços, representa um avanço crucial no tratamento de doenças hematológicas, oferecendo uma solução local para pacientes que antes precisavam buscar tratamento fora do estado.