A pesquisa de variação de preços em Montes Claros registrou variação em janeiro de 0,89% contra 0,32% no mês de dezembro de 2022. As informações são do Índice de Preços ao Consumidor da Universidade Estadual de Montes Claros.
De acordo com o estudo realizado, o setor que mais sofreu impacto de contribuição no índice foi o de alimentação, com variação de 1,54 e contribuição de 0,54% dos 0,89% total apurado. Produtos como farináceo, 7,02%; fermento, 6,46%; bolacha, 5,52%; doce de frutas, 5,46%; frutas em calda, 5,07%; tiveram variações positivas acima dos 5%.
As variações positivas foram apresentadas na batata, 8,13%; arroz amarelão, 5,91%; farinha de mandioca,4,02%; feijão, 3,98%; tomate, 3,35%; óleo de soja, 1,48%; café, 1,44%; açúcar, 1,14%; pão de sal, 0,92% e, carne bovina, 0,87%. As variações negativas ficaram por conta da banana caturra, – 12,0% e, Leite tipo C, -3,0%. A margarina foi o único produto a manter o preço estável em relação ao mês anterior.
Aluguéis e compra de imóveis tiveram alta
O Grupo Habitação apresenta o segundo maior peso (25.5390) na composição do orçamento doméstico, apresentou uma variação positiva de 0,20%, contribuindo com 0,05% para o resultado final do índice.
Salário mínimo não rende o suficiente
Segundo o Departamento de Economia da Unimontes, a Cesta Básica do Trabalhador, em Montes Claros, compromete 40,59% do salário recebido (com base no salário mínimo atual de R$ 1.302,00), totalizando um valor de R$ 528,44 em oposição aos R$ 521,34 registrado em dezembro do ano passado.
Após a aquisição da Cesta Básica restaram ao trabalhador R$ 773,56 para as demais despesas, como moradia, saúde e higiene, serviços pessoais, lazer, vestuário e transporte.
Mais horas de trabalho para comprar algo
Com relação às horas trabalhadas no mês de janeiro, foi necessário ao trabalhador desprender de sua jornada de trabalho mensal 111 horas e 5 minutos, em oposição a 117 horas e 45 minutos do mês anterior, para adquirir os alimentos básicos à sua subsistência.
Desde outubro de 2022 a Cesta Básica vem apresentando aumento de preços em seus itens e isso não foi diferente em janeiro de 2023 quando variou 1,36 pontos percentuais em relação a dezembro de 2022. Vale ressaltar que em 1º de janeiro de 2023 passou a vigorar o novo valor do salário mínimo. A correção do valor do salário mínimo de 2023 considera variação estimada de 5,81% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), no período de janeiro a dezembro de 2022, acrescida de um ganho real em torno de 1,5%.
O cenário ainda é de inflação alta dos alimentos nos próximos meses. Uma das alternativas para redução desses preços seria a recomposição pelo governo federal dos estoques reguladores de alimentos, que foram reduzidos nos últimos anos. Com isso, teríamos um aumento da oferta de produtos em períodos de alta dos preços, estabilizando o fornecimento e consequentemente o preço final ao consumidor. (Portal Unimontes)
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