Indústrias têxteis mineiras recebem certificados do Proalminas - Rede Gazeta de Comunicação

PUBLICIDADE

Indústrias têxteis mineiras recebem certificados do Proalminas

Quarenta e uma indústrias têxteis mineiras receberam, na noite de quarta-feira (9/12), os certificados de participação no Programa Mineiro de Incentivo à Cultura do Algodão (Proalminas), desenvolvido pelo Governo de Minas por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A cerimônia, virtual em decorrência da pandemia de Covid-19, foi transmitida ao vivo pelo YouTube da Seapa.

A secretária de Agricultura, Ana Maria Valentini, lembrou que o programa está completando 18 anos e que deve ser considerado exemplo para Minas e o Brasil. “O Proalminas é um caso de sucesso, que precisamos avaliar bem e levar para outras cadeias produtivas. Creio que o fundamental para esse sucesso é a participação de todos os envolvidos. Quando cada um cumpre o seu papel, o resultado orgulha a todos”, disse.

O subsecretário de Política e Economia Agropecuária da Seapa, João Ricardo Albanez, destacou os resultados positivos da agropecuária mineira, apesar da pandemia, com aumento de 23% no Valor Bruto da Produção (VBP) e de 9% nas exportações até outubro. “O setor da cotonicultura está exportando um produto de qualidade. E a indústria, com o impacto que teve, está demonstrando toda a sua capacidade empreendedora. Estamos entregando os certificados para estas empresas que conseguiram manter todos os requisitos do programa em um ano tão difícil”, observou.

Também participaram da cerimônia o presidente da Fiemg e do Sindicato das Indústrias Têxteis de Malha de Minas Gerais (Sindimalhas-MG), Flávio Roscoe, o presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem de Minas Gerais (Sift-MG), Rogério Mascarenhas Cezarini, e p produtor e presidente da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa), Daniel Bruxel.

Demanda

Criado em 2003, o Proalminas surgiu da demanda da cadeia, que previa o fechamento de indústrias, demissões e uma série de outras consequências em decorrência da “guerra fiscal” e perda de mercado que estava sendo imposta à indústria mineira pelos industriais do Ceará, São Paulo, Santa Catarina e de outros países.

Ao aderirem ao programa, as indústrias têxteis se comprometem a comprar uma cota do algodão de produtores mineiros e, em troca, recebem uma isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Por outro lado, o algodão, com Certificação de Origem e Qualidade concedida pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), entidade vinculada à Seapa, é adquirido dos produtores com um ágio de 7,85% sobre o valor praticado no mercado.

“O Proalminas traz uma série de benefícios para o Estado. Nós conseguimos manter o parque têxtil funcionando dentro de Minas Gerais, gerando empregos e trazendo tecnologias e o desenvolvimento desta indústria. Também são notórios os avanços para os produtores, com uma maior qualificação do nosso algodão, o aumento de produtividade e mais qualidade da fibra, agregando valor ao nosso produto”, detalha o superintendente de Inovação e Economia Agropecuária da Seapa, Carlos Eduardo Bovo.

Ele destaca, ainda, o avanço na busca pela sustentabilidade da cadeia produtiva do algodão, com investimento em tecnologias limpas – como o controle biológico de pragas e a utilização de uma agricultura de precisão – que reduz o uso de defensivos agrícolas. “É um trabalho muito importante e forte na linha ambiental, mas também traz um ganho social com os agricultores familiares, principalmente do Norte de Minas. Além dos resultados econômicos, tecnológicos e ambientais, o Proalminas ainda tem esse lado social, com a inclusão e sustentabilidade dos pequenos produtores”, complementa o superintendente. (Agência Minas)