Igreja mantem feriado de Corpus Christi sem tapetes e com carreata - Rede Gazeta de Comunicação

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Igreja mantem feriado de Corpus Christi sem tapetes e com carreata

GIRLENO ALENCAR

A Arquidiocese de Montes Claros decidiu manter as comemorações do Dia de Corpus Christi, comemorado nesta quinta-feira (3), que foi antecipado pela Prefeitura para o dia 18 de março, como forma de conter o avanço de casos da Covid-19. Com isso, pela primeira vez nos 188 anos de Montes Claros a data será comemorada sem os tradicionais tapetes que são feitos por voluntários e sem procissão, que será substituída por carreta. É que o comércio estará funcionando normalmente. O arcebispo dom João Justino Medeiros e o padre Cleydson Rafael Nery Rodrigues, coordenador do Secretariado para a Liturgia divulgaram no site da Arquidiocese a orientação sobre a data.

Eles explicam que “como prolongamento festivo do Mistério Eucarístico recordado na Quinta-feira Santa, bem como o testemunho público que todos os anos os fiéis manifestam de fé e piedade para com o Santíssimo Sacramento por ocasião da Solenidade de Corpus Christi, “cabe ao Bispo diocesano julgar sobre a oportunidade de tais procissões nos tempos atuais e também sobre o lugar e a organização para que sejam realizadas com dignidade e sem prejuízo da reverência devida ao Santíssimo Sacramento” (cf. A Sagrada Comunhão e o Culto Eucarístico fora da Missa. Deste modo, dentro do caminho sinodal de nossa IV Assembleia Arquidiocesana de Pastoral e reafirmando o nosso compromisso com a defesa da vida, desejamos celebrar esta solenidade que evoca a comunhão, respeitando as normas sanitárias indicadas pelos órgãos competentes de saúde de cada município”.

Neste ano, podemos realizar nossas celebrações com a participação de fiéis, apesar de que o número ainda continua restrito. Assim, por meio do nosso Secretariado para a Liturgia oferecemos, a seguir, algumas orientações:

1. A Celebração da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, pode ser precedida por um tríduo preparatório (31.05, 01 e 02.06) com a Celebração Eucarística e Adoração ao Santíssimo Sacramento via transmissão. O nosso Secretariado disponibilizará, posteriormente, alguns roteiros com sugestões para o tríduo e realização de Horas Santas Eucarísticas.

2. Durante as Celebrações Litúrgicas cuide-se para que sejam respeitadas as regras sanitárias de distanciamento e segurança. Evite-se, nesse tempo, que a Comunhão Eucarística seja dada em duas espécies.

3. Todos os objetos e alfaias sejam devidamente higienizados.

4. Para o dia da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo (3/6), por ser dia de preceito e mantendo as restrições à participação de fiéis na missa, dentro da possibilidade – especialmente nas matrizes paroquiais – e onde dispor de maior número de presbíteros, sejam oferecidos mais horários de realização da Missa, seguida de uma breve Adoração ao Santíssimo Sacramento e bênção solene. 5. Seja incluída nas preces uma súplica pelo fim da pandemia, proteção de todos contra a doença e o contágio e pela realização da IV AAP.  A procissão é um ato público de fé na presença real do Senhor no Santíssimo Sacramento da Eucaristia. Sendo conveniente, realize-se a procissão motorizada (cf. A Sagrada Comunhão e o Culto do Mistério Eucarístico fora da Missa, n. 103) se houver permissão do Comitê de Saúde e autoridades de segurança pública de cada município.

Neste caso, a procissão seja feita obedecendo aos seguintes requisitos:

a) “Convém que a procissão se realize após a Missa na qual se consagrará a hóstia a ser levada na procissão” (A Sagrada Comunhão e o Culto do Mistério Eucarístico fora da Missa, n. 103).

b) Após a comunhão dos fiéis, deixa-se sobre o altar um corporal estendido e o ostensório vazio. Para a procissão, o sacerdote depõe a hóstia no ostensório, faz a devida genuflexão e dirige-se ao seu lugar. Após a Oração depois da Comunhão, o sacerdote depõe a casula e reveste o pluvial. Dirige-se para frente do altar e, ajoelhado, incensa o Santíssimo. Em seguida, recebe o véu umeral, genuflete e toma o ostensório nas mãos cobertas com o véu. Tem início, então, a Procissão Eucarística.

c) Nas cidades fora de Montes Claros onde houver duas paróquias, sugere-se que as paróquias se unam para que se faça apenas uma única procissão motorizada;

d) Evite-se qualquer tipo de exaltação vazia. Busque-se manter o clima de reverência e de ato religioso;

e) O percurso da procissão motorizada seja previamente definido e não demasiadamente longo, em acordo com o apoio das autoridades municipais competentes.

f) A assembleia celebrante permaneça na igreja até o retorno da procissão para a bênção final, que também será transmitida.

g) Conforme costume, no percurso da procissão motorizada poderá haver as três “estações” com Bênção Eucarística (cf. A Sagrada Comunhão e o Culto do Mistério Eucarístico fora da Missa, n. 104), de modo especial diante de Hospitais ou similares.

h) Os fiéis poderão acompanhar de suas casas manifestando sua fé. Cada família ornamente sua residência com tecidos, flores, frases eucarísticas e assista à passagem do Santíssimo Sacramento. Não convém que faça algum tipo de ornamentação nas ruas, como tapetes, o que provocaria aglomeração.

i) O carro seja dignamente ornamentado e tenha genuflexório para o ministro ordenado, bem como acessórios para colocação do Santíssimo Sacramento.

 j) Durante o percurso, um carro sonorizado poderá ajudar para que sejam ouvidos cânticos eucarísticos, salmos e orações.

k) A paróquia que considerar oportuno poderá incluir após o carro do Santíssimo Sacramento outro veículo para coletar doações de alimentos, roupas, cobertas ou fraldas, tudo a ser destinado aos mais pobres. Essas doações podem ser colocadas nas portas das casas, em embalagens higienizadas com álcool 70%, e serem recolhidas por alguns jovens da comunidade à passagem do Santíssimo. l) Ao terminar a passagem com o Santíssimo pelas ruas, em outra igreja ou na mesma de origem, o sacerdote depõe o ostensório sobre o altar e ajoelha-se no genuflexório preparado. Depois, incensa o Santíssimo Sacramento enquanto entoa-se o hino “Tão sublime Sacramento”. Em seguida, reza as orações de costume do rito de bênção do Santíssimo, dá a bênção, guarda a hóstia consagrada e encerra a celebração, como de praxe. Todos somos convidados a expressar nosso amor pelo Santíssimo Corpo e Sangue de Jesus Cristo através do tríduo preparatório, utilizando o material disponibilizado e seguindo as orientações de cuidado! Que Maria, Mãe da Igreja e seu castíssimo esposo, São José, continuem a interceder por nós, pelos rumos de nossa IV Assembleia Arquidiocesana de Pastoral e pelo fim da pandemia”.

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