O experimento utilizou rastreamento ocular para analisar como as pessoas interagem visualmente com diferentes tipos de notícias
Um estudo inovador utilizando tecnologia de neurociência revelou que a fonte de uma notícia é o aspecto mais crítico para determinar sua veracidade. Conduzida pelo Laboratório de Tecnologias em Comunicação e Neurociência Aplicada (LTCN&NA) do Instituto Federal do Sul de Minas (IFSULDEMINAS), a pesquisa explorou como as Fake News são consumidas pelo público.
Publicado no anuário da Unesco dedicado à Alfabetização Midiática e Informacional, o estudo expôs 23 participantes a oito histórias relacionadas à COVID-19, sendo metade verdadeiras do portal Estado de Minas e metade falsas, provenientes de redes sociais como Facebook e WhatsApp. O experimento utilizou rastreamento ocular para analisar como as pessoas interagem visualmente com diferentes tipos de notícias.
Os resultados revelaram que, embora as imagens em notícias falsas não fossem percebidas de maneira distinta das verdadeiras, a fonte das Fake News recebeu uma atenção significativamente maior, medida através de regressões oculares. Segundo Diogo Rógora Kawano, líder da pesquisa do IFSULDEMINAS, esse achado destaca a importância crítica de educar o público para discernir fontes confiáveis em um cenário saturado de desinformação.
Um dos colaboradores do estudo é o professor Thiago Nunes Severino, do Instituto Federal do Norte de Minas (IFNMG) – Campus Januária, também idealizador de um curso de especialização em Mídias e Educação no IFSULDEMINAS. Ele enfatiza que a alfabetização midiática é essencial para fortalecer a confiança pública na ciência e combater o impacto prejudicial das Fake News na sociedade.
O estudo completo, intitulado ‘Do Fake News Catch Our Attention? A Study of Visual Attention Applied to the Consumption of Fake News About COVID-19 in Brazil’, está disponível no livro ‘Media and Information as a Public Good: Milid Yearbook 2023’, organizado por pesquisadores de renome internacional.
Esta pesquisa destaca a urgência em desenvolver habilidades críticas além da simples leitura e escrita, essenciais para uma comunidade global mais informada e resiliente contra a desinformação.
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