O Hospital Universitário Clemente de Farias receberá R$ 4 milhões do Estado para cobrir os prejuízos causados pelo Centro Mais Vida, que atende idosos do Norte de Minas. Entre 2018 e 2020, para manter o padrão de atendimento à parcela da população idosa, a Unimontes precisou aplicar recursos próprios, da ordem de R$ 5 milhões, na unidade. Porém, com a recuperação financeira e fiscal do atual governo, o Estado trabalha para compensar retroativamente a instituição, com o repasse no valor de R$ 4 milhões que, conforme pedido formalizado pela gestão da Universidade, possa ser aplicado na reforma do pronto-socorro do HUCF. O reitor, professor Antonio Alvimar se reuniu com o secretário estadual de saúde, Fábio Baccheretti Souza, que prometeu compensar financeiramente.
Além da maior sintonia com a Secretaria de Estado de Saúde, na busca também pelo incremento de projetos e de capacitações dos recursos humanos, segundo o reitor, o secretário Fábio Baccheretti sinalizou positivamente para que seja feito um estudo técnico, a partir de janeiro de 2022, para a viabilidade do resgate do repasse. Conforme o secretário, ele promoverá um encontro com a área técnica da pasta para, a seguir, se reunir novamente com a Unimontes para dar sequência à proposta do projeto. Foi confirmado pela SES e Unimontes a realização em breve de um seminário integrado, contando também com a participação da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig).
Além de sugerir a viabilidade de uma maior parceria entre as instituições, o evento visa a interação entre os segmentos afins e a troca de experiências que possibilitem a melhoria da qualidade na assistência em saúde, e, ainda, na formação acadêmica, com as práticas associadas ao ensino superior dos cursos técnicos, de graduação e de pós-graduação. A reunião na SES contou com a participação do pró-reitor de Planejamento, Gestão e Finanças, professor Aloysio Vieira, do chefe de gabinete da Unimontes, Allysson Danilo Dantas Silva, e do assessor de Assuntos Estratégicos, Otávio Braga.
Ainda como justificativa, a Unimontes evidenciou que o HUCF mantém uma grande demanda de servidores na terapia intensiva, “a partir da ampliação da quantidade de leitos de UTI” desde o início da pandemia. O Hospital é referência para o Ministério de Saúde e para a Secretaria de Estado de Saúde no atendimento dos casos de Covid-19. Outra referência para os leitos de UTI no Hospital da Unimontes é o atendimento dos casos de gravidez de alto risco, com a cobertura associada à própria UTI Neo-Natal e Infantil, que demanda, também, profissionais preparados e adaptados à rotina da terapia intensiva. “A manutenção da estrutura é determinante para preservarmos a qualidade do serviço de atendimento à comunidade, levando-se em conta que o Hospital da Unimontes é o único 100% gratuito para uma grande parcela do Estado, com alcance em mais de 80 municípios do Norte de Minas”, justificou o reitor, que fez um agradecimento ao subsecretário do Tesouro Estadual, Fábio Amaral de Assunção, pela disposição para as tratativas e empenho na busca por soluções. (GA)
