GIRLENO ALENCAR
Ter ciência do atual cenário de contingenciamento e superlotação do Pronto-Socorro do Hospital Universitário Clemente de Faria (HUCF), que culmina com mais um aumento do número de casos de Covid-19 e um surto confirmado do vírus influenza H3N2, que têm estrangulado ainda mais o atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Esse foi o objetivo da visita do coronel Wanderlúcio Ferraz dos Santos, comandante da 11ª Região de Polícia Militar, e do tenente-coronel Adriano Ribeiro de Freitas, Chefe do Estado Maior da 11ª RPM, na manhã de ontem (12/1). Eles foram acompanhados pelo reitor da Unimontes, Antonio Alvimar Souza, e diretores do HUCF.
Os oficiais agendaram a visita após encontro com o reitor, no dia anterior. O professor Antonio Alvimar cumpriu visita de cortesia à sede da Região Integrada de Segurança Pública (RISP), para compartilhar com as autoridades militares a situação do Hospital da Unimontes, que há mais de dois meses registra um número de atendimentos bem acima de sua capacidade original, principalmente no Pronto-Socorro e na Pediatria. “Esta visita é de cortesia e sensível à situação de crise que tem vivido o HUCF. A partir de agora, esperamos estabelecem um protocolo entre a Universidade e a Polícia Militar para fazer uma gestão compartilhada da crise, tendo em vista que é de praxe que parte da população, em casos de demora de atendimento diante do cenário de superlotação, acionar a Polícia para registro de ocorrências”, escreve o reitor Antonio Alvimar.
Neste sentido, completa o gestor, “a Reitoria entende que a PM é uma importante parceira para atender melhor a população. E, por sua vez, a corporação como um todo precisa entender que não é papel da Polícia conduzir médico ou enfermeiro em momentos tão críticos. Afinal de contas, neste momento de sobrecarga, eles procuram fazer o possível diante de tantas dificuldades”.
LINHA DIRETA – Outro objetivo é a implantação de uma linha direta de comunicação entre a Polícia Militar e o HUCF, para tratar de assuntos pertinentes aos constantes chamados da população nesse período de superlotação, e que têm causado desconforto entre os servidores. Sobrecarregados, há situações que os profissionais precisam parar o atendimento para atender a PM diante da insistência dos usuários em registrar Boletins de Ocorrência pela demora no atendimento. “Estar aqui neste momento é de extrema importância para que possamos saber de perto a realidade do Pronto-Socorro do HUCF. Temos recebidos muitos chamados da população e, por isso, a criação deste protocolo será importante para facilitar a comunicação, evitar conflitos e atuar de forma mais pacífica neste diálogo entre a população e o Hospital”, destacou o coronel Wanderlúcio Ferraz.
“A nossa realidade no Pronto-Socorro é de trabalho intenso, 24 horas por dia, o que acarreta em servidores fadigados e usuários desgastados pela espera, o que tem sobrecarregado o nosso atendimento. Somos um Hospital que não nega atendimento e, por isso, é importante que as pessoas saibam que a demora é ocasionada pela superlotação e a falta de estruturação da rede”, explica a superintendente Príscilla Izabella Fonseca Barros de Menezes. “Estamos absorvendo uma demanda enorme de toda a cidade, principalmente com a falta de pediatras. Soma-se a isto, o aumento de casos de infecções pelo vírus influenza no último trimestre do ano e início de 2022”, finalizou.
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