Os hospitais Santa Casa e Dilson Godinho, sediados em Montes Claros, estão entre outras 29 instituições de saúde de Minas Gerais selecionadas para implementar a estratégia excepcional de ampliação do acesso à reconstrução mamária em caso de mulheres com diagnóstico de câncer de mama. Com prazo de duração de 24 meses, a Portaria 553, publicada dia 10 de julho pelo Ministério da Saúde, definiu que em todo o país serão investidos mais de R$ 66,9 milhões para a realização de 12.366 cirurgias.

Para hospitais de Minas Gerais, sediados em 23 municípios, estão sendo disponibilizados mais de R$ 8,4 milhões para a realização de 1.499 cirurgias plásticas. No caso específico do Norte de Minas, a Santa Casa e o Hospital Dilson Godinho receberão, cada um, R$ 135,5 mil. A previsão é de que cada uma dessas instituições faça 24 cirurgias de reconstrução de mama.

Os valores repassados aos hospitais já incluem a prótese mamária e a simetrização contralateral. Poderão ser submetidas aos procedimentos mulheres com idade entre 18 e 85 anos.

Por meio da Portaria 127, publicada dia 13 de fevereiro deste ano, o Ministério da Saúde estabelece que “serão consideradas as mulheres com diagnóstico de câncer de mama submetidas a mastectomia total prévia, radical ou simples, ou aquelas com indicação de reconstrução mamária no mesmo ato cirúrgico”.

O coordenador de atenção à saúde da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros, João Alves Pereira, explica que “cabe ao Ministério da Saúde acompanhar e monitorar a execução e os resultados da estratégia em nível nacional. Já os Estados e municípios deverão coordenar, monitorar e auditar a execução da estratégia, além de recomendar o adequado registro das intervenções cirúrgicas nos Sistemas de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), além de recomendar que os hospitais mantenham atualizado o prontuário único das pacientes com registros clínicos e cirúrgicos”.

A referência técnica em saúde da mulher na SRS Montes Claros, Ludmila Barbosa, ressalta que “o trâmite da pactuação de adesão dos hospitais à estratégia excepcional de reconstrução mamária, realizada em reunião da Comissão Intergestores Bipartite do Sistema Único de Saúde (CIB-SUS) até a publicação da Portaria ocorreu em menos de dois meses, diante da prioridade e importância da iniciativa para as mulheres diagnosticadas com câncer de mama, e que precisam de cirurgias reconstrutivas. Reiteramos a necessidade de ampliação do número de procedimentos por parte do Ministério da Saúde, visando contemplar um maior número de mulheres que necessitam da cirurgia na macrorregião de Saúde Norte”, disse.

Em Minas Gerais, além de Montes Claros, hospitais sediados em outros 22 municípios foram habilitados para a implementação da estratégia excepcional de ampliação do acesso à reconstrução mamária. (Ascom SES-MG)