Em Buritizeiro (MG), a Polícia Civil indiciou um homem e uma mulher por homicídio triplicamente qualificado após a morte de um morador de rua. Ambos estão presos preventivamente. “Levantamos imagens do momento em que os investigados se deslocaram até o posto de combustíveis afim de adquirir a gasolina que seria utilizada no crime. Além disso, várias testemunhas deram conta de que a investigada já teria ameaçado a vítima de morte e teria dito também que iria colocar fogo na vítima”, fala a delegada Thais Guimarães Vilela.
Ainda de acordo com a delegada, uma amiga da mulher também foi indiciada por favorecimento pessoal. Por se tratar de um crime de menor potencial ofensivo, ela não foi presa. “Ela teria prestado auxílio, dando fuga à investigada”, detalha Thais Guimarães Vilela. Sobre a mulher e o homem indiciados por homicídio, a delegada explica quais foram as qualificadoras identificadas pela Polícia Civil.
“Procedemos ao indiciamento de uma investigada e de um investigado pelo crime de homicídio qualificado pelo motivo fútil, pelo emprego de fogo e por recurso que dificultou a defesa da vítima, já que pelo laudo pericial, no momento do homicídio, a vítima se encontrava deitada ou sentada”.
O advogado Leandro Reis, um dos responsáveis por defender a mulher indiciada por homicídio qualificado, disse que sua cliente agora “irá figurar em uma ação penal onde verdadeiramente irá se apurar, depois da instrução processual, a verdadeira autoria em relação ao fatídico homicídio ocorrido na cidade de Buritizeiro“.
“Mesmo tendo sido concluído e o delegado tendo relatado o inquérito e indiciado a nossa constituinte como supostamente autora, qualquer pré-julgamento relacionado a essa autoria continua sendo, no entender da defesa, prematuro e indevido, já que ainda haverá um processo, uma ação penal onde, através do exercício do contraditório e ampla defesa, os fatos restarão esclarecidos”.
Os advogados dos outros dois indiciados não foram encontrados até a última atualização desta reportagem. Este espaço permanece aberto para a manifestação dos envolvidos por meio de seus representantes.
De acordo com o registro da Polícia Militar, o homem teve o corpo queimado na madrugada do dia 7 de maio deste ano. Ele foi socorrido pelo Samu com queimaduras em 70% do corpo e recebeu atendimento médico no Hospital Moisés Magalhães Freire, mas precisou ser transferido para a Santa Casa de Montes Claros, onde acabou falecendo.
Após denúncias, uma suspeita do crime foi encontrada escondida na casa de uma amiga, em Pirapora. Segundo a Polícia Civil, ela teve a prisão ratificada por tentativa de homicídio qualificado, porque a vítima não tinha falecido no momento em que ela foi detida. A amiga dela foi liberada após ser autuada por favorecimento pessoal.
“Testemunhas contaram que a mulher ficou incomodada com a presença do morador de rua no bar por acreditar que ele já teria estuprado alguém. Em seguida, a vítima saiu do bar e ficou nas proximidades”, disse o delegado Bruno Bastos, em entrevista.
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