Um indivíduo, de 55 anos, foi preso pela Polícia Civil, nessa segunda-feira (17), no momento em que buscava a filha adotiva na escola. A adolescente, de apenas 12 anos, revelou que era abusada sexualmente pelo pai; a vítima fez a denúncia depois de assistir a uma palestra sobre violência contra a mulher na escola em que ela estuda.
Segundo a delegada Karine Maia, que uma investigadora que ministrava a palestra foi quem suspeitou do comportamento apresentado pela menina, durante o evento.
“A investigadora Sabrina notou que tinha, na plateia, uma aluna muito nervosa, com a aparência muito tensa e que chegou a chorar durante a palestra. Ao final, Sabrina questionou a diretora da escola e pediu para ter um olhar especial para essa menina”.
Nessa segunda-feira (17), a adolescente contou que o último episódio de violência tinha acabado de acontecer e confirmou que os abusos já aconteciam há cerca de cindo anos.
“Ela contou que vinha sendo abusada sexualmente pelo pai adotivo desde pequenininha e que, com 10 anos, passou a ter conjunção carnal”.
De acordo com a delegada Karine Maia, ao ser preso, em flagrante, na porta da escola da filha, o homem ficou calado. Ele também não quis fornecer material genético para ser utilizado na investigação. Até então, a Polícia Civil não tem comprovação de negligência ou conivência da mãe com a situação vivida pela menor.
Foi apontado que a violência sexual ocorria na residência da família e o homem aproveitava do fato de ser aposentado e de a esposa trabalhar fora para praticar os estupros. Mãe e filha disseram que ele é agressivo.
Ainda segundo a delegada, “ele proibia a menina de sair no recreio para conviver com colegas, a menina era obrigada e vestir roupas masculinas para não ficar feminina, e ele chegou a cortar o cabelo dela curto e ela ficou triste com isso. Ele proibia a menina de ter contato com outros colegas, de participar de aulas extras, de eventos do colégio. Chegou uma época em que ele passou a buscar a criança mais cedo na escola para que desse tempo de chegar em casa e, segundo ela, manter a relação sexual no horário em que a mãe não tinha chegado ainda”.
A delegada encerrou reforçando que pais e responsáveis precisam ter atenção ao comportamento das crianças, pois elas demostram, de alguma forma, quando estão sendo vítimas de abusos.
Compartilhe isso:
- Clique para compartilhar no Twitter(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela)
- Clique para imprimir(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no LinkedIn(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Telegram(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela)