A Comissão das Energias Renováveis e dos Recursos Hídricos realizará debate público, na próxima terça-feira (05/10), das 14 às 18 horas, conforme o requerimento 9.816/21, de autoria do seu presidente, deputado Gil Pereira: Hidrogênio Verde em Minas Gerais: A trilha do hidrogênio verde no estado das minas e energias gerais.

O objetivo é analisar, com a participação de diversos técnicos e especialistas em negócios internacionais, as fontes e os usos da tecnologia do hidrogênio verde, suas oportunidades de produção em Minas Gerais e aplicações dessa cadeia produtiva para o mercado mineiro, nacional e internacional.

Crise hídrica

“Paralelamente, também buscaremos apontar estratégias que viabilizem o atendimento de demandas sustentáveis, com foco nas potencialidades regionais, especialmente no Norte do Estado, além do crescimento empresarial e econômico”, explicou Gil Pereira. Ressaltou, ainda, a importância do tema diante da crise hídrica que provoca intensa apreensão no país, com sucessivos aumentos da conta de luz e do custo de vida, que exige diversificação da matriz energética nacional, a partir de fontes limpas e renováveis.

Ao final do evento, será lançada a Carta das Minas e Energias Gerais, com as principais recomendações e conclusões do debate e a proposta de um roadmap (roteiro) para o desenvolvimento da tecnologia do hidrogênio verde no Estado, visando à parceria com o mercado internacional.

Instituições

O evento contará com a participação de diversas autoridades e das principais instituições relacionadas ao setor: Governo de Minas Gerais; Semad-MG; Sede-MG; Indi-MG; Cemig; Fiemg, Ministério de Minas e Energia (MME); Aneel, EPE; ONS; ABC Energia; Siemens Energy Brasil; Embaixada dos Estados Unidos (Seção Comercial); e Câmara de Comércio e Indústria Brasil / Alemanha do Rio de Janeiro.

E ainda: Associação Brasileira de Armazenamento e Qualidade de Energia (Abaque); Associação Brasileira de Energia de Resíduos e Hidrogênio (Aberh); Associação Brasileira de Energia Solar Absolar (Absolar); Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD); Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig); Câmara Setorial de Energias Renováveis do Ceará (CSRenováveis/CE); Comerc Energia (Nexway Eficiência); e Hytron Energia e Gases.

O público em geral poderá participar ao vivo de modo virtual, somente através do chat a ser ativado no momento do evento, no portal da ALMG: www.almg.gov.br

Produção

O hidrogênio verde (ou renovável) é produzido através da eletrólise da água, recorrendo-se a um processo eletroquímico que separa o hidrogênio do oxigênio. E, há alguns anos, começou a ser produzido com utilização das energias renováveis solar, eólica e hídrica. Com esse recurso, a eletricidade gerada a partir de fontes renováveis não apresenta, associadas à sua produção, emissões de poluentes e gases de efeito estufa. Assim, é 100% sustentável, portanto “verde”, mas também mais caro que o hidrogênio tradicional.

Embora a produção de hidrogênio não emita dióxido de carbono, a maior parte da sua produção hoje ainda não é limpa. Globalmente, cerca de 96% do hidrogênio é produzido a partir de combustíveis fósseis, por meio de um processo conhecido como reforma a vapor do metano. Mesmo grande parte dos 4% restantes, produzidos usando água e eletrolisadores, é alimentada por usinas a carvão e gás. Os números são semelhantes na Europa, que produz cerca de 10 milhões de toneladas de hidrogênio por ano (Fonte: Site Inovação Tecnológica).