Com participação do Inel, grupo de trabalho (GT) interministerial auxiliará o governo federal na estratégia de desenvolvimento do hidrogênio de baixo carbono (H2V)
O deputado Gil Pereira (PSD) participou de reuniões nessa quarta-feira (15), em Brasília, ao lado do presidente do Instituto Nacional de Energia Limpa (Inel), Heber Galarce, além de representantes das maiores empresas do setor no país, com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, e o ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira. O objetivo foi debater pauta de desenvolvimento do Hidrogênio Verde (H2V) no Brasil, produzido com 100% de energia limpa e renovável, como solar e eólica.
Nos encontros com os ministros, ficou acertada a criação de grupo de trabalho (GT) interministerial, a ser articulado entre as duas Pastas e com o apoio e a participação do Inel, para ampliar o debate e o conhecimento sobre o hidrogênio de baixo carbono, considerado o combustível do futuro, dentre as principais apostas das economias desenvolvidas no mundo, especialmente a da Alemanha, para geração de energia sem emissão de CO2.
Política industrial e cadeira produtiva
“Ao vice-presidente da República e titular do MDIC, Geraldo Alckmin (PSB), solicitamos, conforme estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), prioridade na elaboração de política industrial, de incentivo e financiamento, que impulsione a fabricação nacional de equipamentos e prestação de serviços, com a completa cadeia produtiva voltada à produção do hidrogênio verde (H2V)”, destacou Gil Pereira, que preside a Comissão de Minas e Energia, da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
“O país tem potencial para alcançar grande protagonismo e tornar-se produtor global de hidrogênio de baixo carbono (H2V). Entretanto, ainda não dominamos, completamente, as tecnologias dos equipamentos necessárias para sua produção, tais como: eletrolisadores alcalinos, eletrolisadores PEM, reformadores de biogás, compressores de gás hidrogênio, sistemas de armazenamento de hidrogênio e sistemas de células combustíveis”, detalha levantamento do Inel, entregue ao vice-presidente, Geraldo Alckmin.
Infraestrutura elétrica e de escoamento
“O ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, nos garantiu em audiência seu total apoio, através do grupo de trabalho interministerial (GT) a ser criado para o setor, reunindo as duas pastas, com participação do Inel”, ressaltou o deputado Gil Pereira.
Ao ministro Alexandre Silveira foram detalhadas outras exigências técnicas para produção hidrogênio de baixo carbono (H2V) em larga escala: “Montagem de infraestrutura elétrica robusta, resiliente e com custos competitivos, capaz de suportar altíssimas capacidades energéticas para produção do H2V, com 100% de energia limpa e renovável, como solar e eólica. E, ainda, infraestrutura para escoamento da sua produção, incluindo redes de gasodutos”, cita estudo elaborado pelo Inel.
Fornecedor global de hidrogênio verde
De olho neste no novo combustível e no seu potencial no mercado internacional, a Alemanha, por exemplo, já iniciou vultosos investimentos no Brasil, considerado, por aquela nação líder da União Europeia UE), como futuro fornecedor do hidrogênio verde (H2V), dentre as principais apostas das economias desenvolvidas para geração de energia sem emissão de CO2.
“Para avaliar o tamanho deste mercado potencial, registramos que a Carteira de Projetos de H2V, com investimentos já anunciados no Brasil, atinge total de R$ 30 bilhões, número que terá incremento significativo em 2023”, cita o Inel.
MG desponta na corrida pelo hidrogênio verde
As leis criadas pelo deputado Gil Pereira – aprovadas pela Assembleia – e seu incansável trabalho de incentivo à energia solar e a outras fontes renováveis, agora posicionam Minas Gerais à frente na corrida tecnológica internacional para aproveitamento do hidrogênio verde (H2V), o versátil combustível do futuro.
“Com recorde superior a 4,8 GW, somando a geração distribuída (GD), em telhados e terrenos, e a centralizada (GC), das grandes usinas solares fotovoltaicas, principalmente no Norte de Minas, somos líderes nacionais na geração desta energia limpa (18,15% do total produzido no país): condição básica para produção do hidrogênio verde”, ressaltou Gil Pereira.
Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), esta fonte limpa e renovável já representa 12% da matriz elétrica brasileira, sendo a segunda maior nesta escala, após ultrapassar a energia eólica no início de 2023, ficando atrás somente da hídrica, ambas também limpas e renováveis. (CARLOS HUMBERTO – Colaborador)
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