Contabilizando neste ano 16 óbitos notificados como suspeitos de terem sido ocasionados por dengue e dois confirmados em Bocaiúva, nessa sexta-feira (1º), durante reunião da Comissão Intergestores Bipartite do Sistema Único de Saúde (CIB-SUS), a Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros (SRS) reforçou com os gestores a necessidade de intensificação das ações de combate à proliferação de focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus.
Entre as ações recomendadas pela coordenadora de vigilância em saúde da SRS, Agna Soares da Silva Menezes, está a intensificação da realização de mutirões de limpeza e mobilização da população para eliminação de focos do mosquito dentro de residências; a coleta de amostras de pacientes com suspeitas de terem contraído alguma das arboviroses para análise laboratorial e identificação de sorotipos circulantes no Norte de Minas e a organização dos serviços de saúde para o atendimento de pacientes, evitando que evoluam para óbito.
“Estamos vivendo um ano pior em relação ao aumento de casos notificados de arboviroses em todo o Estado e, por esse motivo, os municípios precisam intensificar as ações para conter o avanço do número de pessoas acometidas por doenças transmitidas pelo Aedes aegypti”, frisou Agna Menezes.
Nesta sexta-feira, 1º de março, o Painel de Vigilância das Arboviroses mantido pela Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG) aponta que neste ano já foram notificados no Norte de Minas 24.804 casos suspeitos de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Desse total estão confirmados 4.082 casos, distribuídos da seguinte forma: 4.005 casos de dengue; 76 de febre chikungunya e um de zika vírus.
Dados apresentados durante a CIB-SUS apontam que em sete municípios da macrorregião de saúde do Norte de Minas estão circulando os sorotipos 1 e 2 da dengue, o que potencializa a possibilidade de um maior número de pessoas adoecerem e terem uma situação de saúde mais grave.
Na área de atuação da SRS de Montes Claros foi detectada a circulação dos sorotipos 1 e 2 da dengue nos municípios de Engenheiro Navarro, Bocaiuva e Joaquim Felício. Já na área de atuação da Gerência Regional de Saúde de Januária os dois sorotipos de dengue foram detectados em Manga, Pintópolis, Montalvânia e Urucuia.
Diante do agravamento da situação epidemiológica das arboviroses registrado neste ano, a superintendente regional de saúde de Montes Claros, Dhyeime Thauanne Pereira Marques salientou que “a alternativa que resta ao Estado e municípios é unir esforços para a eliminação de focos de proliferação do Aedes aegypti, com a realização contínua de mutirões de limpeza e de mobilização da população”.
Na mesma linha de raciocínio a secretária de saúde de Montes Claros, Dulce Pimenta observou que devido ao aumento de pessoas acometidas por arboviroses “o município corre o risco de suspender a realização de cirurgias eletivas, para evitar a falta de leitos para atendimento de pacientes nos hospitais”.
Por sua vez Rafael Lana, secretário de saúde de Pirapora e presidente regional do Conselho de Secretários Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems) observou que “os municípios precisam intensificar e reforçar o planejamento de ações para o enfrentamento às arboviroses, com a intensificação da realização de mutirões, mobilização da população e atualização dos profissionais de saúde para agilizar os atendimentos nos serviços de atenção primária, assistência especializada e hospitalar”.
Assistência Médica
Além do reforço das ações de vigilância epidemiológica e de saúde, durante a reunião da CIB-SUS a referência técnica da Coordenadoria de Atenção à Saúde da SRS de Montes Claros, Marta Raquel Mendes Vieira repassou orientações aos gestores quanto à necessidade de melhorar e ampliar o acesso da população aos serviços de saúde. O objetivo é atender o mais precocemente possível as pessoas com suspeita de terem contraído alguma das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
Entre as orientações repassadas aos gestores estão: ampliação do horário de atendimento nas unidades de saúde, inclusive nos finais de semana; assegurar equipe mínima de assistência à população, compatível com a necessidade local; organização das agendas dos profissionais para as demandas programadas e espontâneas e garantir atendimentos aos casos suspeitos de arboviroses durante todo o horário de funcionamento das unidades de atenção primária à saúde; sinalização do ambiente interno da unidade, direcionando visualmente os fluxos de atendimento; colocar em prática o acolhimento de pacientes com classificação de risco e priorização das situações mais graves e ofertar hidratação oral na sala de espera aos pacientes com suspeita de arboviroses. (Pedro Ricardo / SES-MG)
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