GIRLENO ALENCAR
Os montes-clarenses correm o risco de pagar R$ 5,50 a partir de hoje pelo litro da gasolina, pelas estimativas dos empresários que atuam no ramo de combustíveis. Isso por causa da decisão da Petrobrás que desde quinta-feira confirmou reajuste de 10% dos preços da gasolina e de 15% do óleo diesel em suas refinarias, que ficaram R$ 0,23 e R$ 0,34. O empresário Gustavo Xavier explica que os postos passaram a pagar mais de R$ 5,00 pelo litro da gasolina e terão que repassar o aumento para os consumidores. O preço da gasolina estava até ontem a R$ 5,159 em quase todos postos. Os rumores é que essa gasolina passaria para R$ 5,30 ou R$ 5,35 pelo preço à vista. Porém o empresário afirma os valores serão definidos ainda hoje, mas a perspectiva é de ser R$ 5,50.
Na manhã de ontem (19), o comerciante Paulo Santos lamentou que o Governo não esteja atuando com mão forte para impedir o aumento do combustível. Ele explica que o presidente Jair Bolsonaro anunciou a derrubada dos impostos no óleo diesel e no gás de cozinha, mas deixa desamparado os consumidores comuns, que usam a gasolina e álcool. A principal consequência deste novo reajuste é repassar aos consumidores, encarecendo tudo. Ele lembra que se em Montes Claros o preço da gasolina deverá passar dos R$ 5,30, nas cidades mais distantes, como em Montalvânia, São João do Paraíso e Espinosa corre risco de chegar aos R$ 6,00, pois aumenta o valor do frete.
Com os novos reajustes, o litro da gasolina nas refinarias acumula variação positiva de 34,78% desde o início do ano, enquanto o diesel subiu 27,72% no mesmo período. Os analistas de mercado destacam que, após este novo reajuste, a companhia praticamente fechará a lacuna de preços frente o mercado internacional. Esse é o segundo aumento dos combustíveis em fevereiro e o terceiro neste ano. Os preços médios da gasolina entregue às distribuidoras sobe 10,2%, para R$ 2,48 por litro. No caso do diesel, a alta será de 14,7%, para R$ 2,58 por litro. Com a inflação nos combustíveis, a Petrobras e o governo federal tem sofrido com a pressão dos consumidores e do mercado financeiro, que defende a liberdade de reajuste nos preços dos combustíveis. Os novos preços da gasolina representam a paridade entre os preços domésticos e os internacionais, que vem subindo forte neste início de 2021 com a valorização do petróleo.
