A Frente Feminista do Norte de Minas realizou uma live no domingo a noite para discutir os impactos da saúde mental das mulheres na época da Pandemia, quando Leticia Imperatriz denunciou a precariedade da situação das mulheres negras que residem na periferia de Montes Claros. Ainda participaram do evento a psicóloga Karine Emanuele Matos e a professora e vereadora Iara Pimentel. Na sua exposição, Leticia Imperatriz observou que as mulheres sofrem com a falta de estrutura da saúde em Montes Claros, para atender suas demandas e agravado pela falta de empregos. Esse quadro se agrava ainda mais quando a mulher é negra e mais ainda quando mora na periferia, pois tem os seus direitos desrespeitados.
A live foi coordenada por Maria Luiza e Maria Isabel, ambas da Frente Feminista do Norte de Minas, criado como forma de unir os trabalhos por essa causa e ainda promover maior entrosamento das instituições da área. A psicóloga Karine Emanuele mostra os indicadores do Fórum Nacional de Segurança, onde cresceu a quantidade de caos de feminicídio no Brasil, pois foram 649 casos formalizados, quando se sabe que a subnotificação é ainda pior, pois com a Pandemia, a mulher teve de ficar em casa e passou a assumir outras funções além daquela que sempre exerceu. Ela lembra que esse isolamento social fez crescer os casos de violência domestica.
A professora e vereadora Iara Pimentel, em sua exposição, concordou que infelizmente é ainda negado o espaço para as mulheres, de forma geral e por isso, existe a necessidade de lutar pelos direitos. Lembrou que na educação, onde é sua base, as mulheres formam a maioria no ensino básico. A vereadora citou que o Norte de Minas ainda tem um perfil machista, cultuado na história e que no cargo de vereadora, apresentou três projetos que aguardam a análise da Câmara Municipal, um deles da questão da violência obstétrica e a humanização da gestante. (GA)
